Minha história com John Travolta já dura muitos anos (não vem ao caso quantos, rs). Ele foi minha paixão enlouquecida de adolescente, com posteres de Grease forrando as paredes de meu quarto. Sabia tudo sobre ele de cor. Poderia até ter participado de um daqueles programas de perguntas e respostas na época. Os anos passaram, mas nunca esqueci sua data de aniversário. E hoje 18 de fevereiro, comemoro seu aniversário de 60 anos.
Muitas coisas negativas foram faladas sobre ele. Sua dependência de Cientologia, que ele tem um casamento de fachada com Kelly Preston para esconder que é gay, que tem problemas para parar de comer e outros tantos. Nada disso importa. Sua carreira, cheia de altos e baixos, continua firme e forte desde os anos 70.
Duas vezes indicado ao Oscar – Os Embalos de sábado a Noite e Pulp Fiction – , ele começou como ator numa participação na série Emergência em 1972. Mas a primeira vez que o vi foi em Carrie – A Estranha, de Brian de Palma. Não me chamou muito atenção. Mas em Grease – Nos Tempos da Brilhantina(1978), ele me conquistou totalmente.
Tive a absoluta sorte de estar presente no evento de lançamento do DVD comemorativo da edição de 25 anos do lançamento de Grease no estúdio da Paramount, em Los Angeles. Vi John e Olivia Newton- John se reencontrando no tapete vermelho ao meu lado. Fiquei a dois metros de distancia enquanto ele e todo o elenco cantavam as músicas do filme. E me emocionei demais(chorei mesmo!), lembrando da adolescente que assistiu o filme 39 vezes somente no cinema (sim, eu fiz isso). Foi um dos momentos mais incríveis de minha vida. Abaixo, você pode ver um momento daquele show, que está numa edição especial lançada em DVD aqui no Brasil.
Não é muito comum na filmografia de John este papel de mocinho em filme policial como este, A Filha do General (1999). Mas ele se sai muito bem como o investigador de um assassinato dentro da estrutura do exército em A filha do general. O belo elenco incluía James Cromwell, James Woods e Madeleine Stowe (aliás, boa química entre os dois!)
Os Embalos de Sábado a Noite (1977) foi o filme que o transformou em astro. E ele ensinou toda uma geração a dançar. John foi indicado para o Oscar por este filme e entrou para a história. O filme era dirigido por John Badham e contava a história de Tony Manero, Um jovem que sonha em sair do Brooklyn, acredita que a única maneira de conseguir o que deseja é se tornar o Rei das Discotecas. A trilha sonora com música dos Bee Gees vendeu mais de 20 milhões de cópias.
Quando John é um vilão, temos a impressão que ele se diverte demais (e nós também, é claro). No grande sucesso, A Outra Face( 1997), o bandido(Nicholas Cage) e o mocinho (John)trocam de rosto. Os duelos entre os dois atores são ótimos.
Olha quem está falando(1989) foi a primeira volta por cima. Ele está muito divertido como um motorista de táxi, que se envolve com uma mulher com filho pequeno. Todos os pensamentos do bebê eram feitos com a voz de Bruce Willis. O filme foi um enorme sucesso de bilheteria que rendeu duas sequencias. No filme, ele contracena com sua grande amiga Kirstie Alley.
Embalos a Dois(1983) era um filme bobinho. Mas juntou novamente John e Olivia como um casal que pode salvar o mundo pois Deus pretende destruí-lo já que perdeu sua fé na humanidade . Tinha uma boa trilha e John nunca esteve tão bonito. Esqueça o visual brega dos anos 80 e embarque…
Pulp Fiction – Tempo de Violência(1994) foi uma nova ressurreição para a carreira de John. Concorreu ao Oscar, Globo de Ouro, ganhou outros prêmios como o David di Donatello,Críticos de Londres, Críticos de Los Angeles . Como Quentin Tarantino também era fã, John ganhou uma indispensável cena de dança. Desta vez com Uma Thurman, os dois imitam uma cena de Fellini 8 1/2.
Michael – Anjo e Sedutor(1996) mostrou John gordo e divertido como um anjo que apronta todas com dois jornalistas que vão verificar se ele é real. No elenco estão Andie MacDowell, William Hurt, Bob Hoskins, Carla Gugino. mas as melhores cenas são aquelas entre John e o cãozinho. Ah, e ele dança…
Grande sucesso na Broadway, o musical Hairspray – Em Busca da Fama (2007) deu a John um papel icônico: Edna Turnblad. Sempre feita por um homem vestido de mulher, John deu a ela uma doçura que não existia anteriormente. Várias números musicais são feitos para ele brilhar. O duelo com Michelle Pfeiffer em Big, Blonde and Beautiful, Welcome to the 60´s, com Nikky Blonsky e, é claro, o final (VIDEO), You can´t stop the beat.
Faltaram ainda vários outros na lista como O Rapaz da Bolha de Plástico, Perfeição, Os Embalos de Sábado Continuam, Um Tiro na Noite, O Nome do Jogo, Loucos de Amor, A Senha: Swordfish, O Sequestro do Metrô 123 e até Bolt – Supercão (onde ele faz a voz de Bolt). É sempre uma experiência divertida assistir a um filme com John Travolta. Segundo minha querida e saudosa amiga, a jornalista Dulce Damasceno de Brito, que viveu em Hollywood e entrevistou todos os grandes astros do cinema, ele era o homem mais bonito que ela tinha visto desde Gregory Peck.” Sempre disse que ele não era apenas um garoto bonito. Ele é um bom ator!”
Iara Azevedo
18 de fevereiro de 2014 às 3:53 pm
Engraçado como a empatia por John Travolta é inevitável. O seu post me provocou uma reação carinhosa quando vi a foto dele. Ele conseguiu se reinventar depois da volta com Pulp Fiction e se tornou um ator respeitado. Se ele faz parte do elenco eu com certeza vou assistir.
Iara Azevedo