É incrível perceber a importância de Robert Redford para a história do cinema. Não só ele é um ganhador dos principais prêmios da história – Oscar, Globo de Ouro, BAFTA, SAG’s, National Board of Review, Críticos de Nova York, entre outros – como também é o criador do Festival de Sundance, que deu uma grande força ao cinema independente. Hoje, enquanto promovia seu novo filme, The Old Man & the Gun, Redford anunciou que é também seu último filme. Aos 82 anos (não parece!), ele já tinha anunciado em 2016 que faria mais uns dois filmes, e agora, numa entrevista para a Entertainment Weekly, ele disse o seguinte: “Nunca diga nunca, mas eu concluo que este é o fim para mim em termos de atuação, e eu vou seguir para a aposentadoria depois deste, já que estou fazendo isso desde que tinha 21 anos. Bem, é suficiente. E por que não sair com algo positivo e pra cima?”
The Old Man & the Gun vai estrear em setembro nos Estados Unidos, e tem no elenco Elizabeth Moss e Sissy Spacek. Ele é baseado na história real de Forrest Tucker, e sua audaciosa fuga do presídio de San Quentin aos 70 anos, com estratégias que confundiram a polícia e encantaram o público.
Redford nunca foi um de meus atores preferidos, mas é obviamente um grande ator e um cara do bem. Além disso, é claro, foi um dos homens mais bonitos que já vi. Então, aqui vão alguns de seus momentos mais icônicos no cinema, e alguns de meus preferidos, entre os 78 que fez como ator, para conhecer mais sobre esse grande astro de Hollywood.
- À Procura do Destino e Essa Mulher é Proibida
Depois de participar durante anos de praticamente todas as séries que eram produzidas na TV nos anos 60, redford teve sua grande chance em À Procura do Destino, ao lado de uma das maiores estrelas da época, Natalie Wood, como o marido homossexual de uma atriz famosa. Na época foi um escândalo, mas ele se tornou um astro. Ele e Natalie, que eram grandes amigos, fizeram mais um filme juntos, um de meus preferidos, chamado Essa Mulher é Proibida, sobre o amor improvável entre uma garota do Mississipi e um funcionário da estrada de ferro.
- Descalços no Parque e Jane Fonda
Descalços no parque foi sua segunda parceria no cinema com Jane Fonda (a primeira foi em Caçada Humana, que eu gosto muito). Uma comédia bonitinha, baseada numa peça da Broadway sobre o início do casamento de um jovem casal em Nova York – está na Netflix, é é fofinho e ingênuo. Eles também fizeram O Cavaleiro Elétrico no final dos anos 70, e recentemente (2017) em Nossas Noites, que também pode ser visto na Netflix.
- Os clássicos com Paul Newman
Butch Cassidy e Golpe de Mestre provavelmente são os filmes mais importantes da carreira de Redford. Em ambos, a sua dupla com Paul Newman entrou para a história. Redford inclusive concorreu ao Oscar com Golpe.
- O romântico
Com aquele jeito e rosto, é claro que ele era adorado pelas mulheres. E que belos romances ele fez. Nosso Amor de Ontem, com Barbra Streisand – com a música The Way we Were – , O Grande Gatsby, com Mia Farrow, e Entre Dois Amores, com Meryl Streep. Todos para emocionar!
- Todos os Homens do Presidente
Redford sempre foi um democrata reconhecido (como George Clooney nos dias de hoje). E fez um dos maiores filmes sobre jornalismo político da história, como o jornalista Bob Woodward, um dos que levaram o presidente Nixon a renunciar.
- Mais romance...
Mesmo mais velho, nos anos 90, mostrou que ainda tinha o poder em Proposta Indecente, com Demi Moore, – que mulher trocaria Redford rico e charmoso por Woody Harrelson chato e pobre?. E também em Íntimo e Pessoal, com Michelle Pfeiffer. Aposto que você também chorou no final desse filme…
- Há pouco tempo…
Além do filme com Jane Fonda, outros dois chamaram minha atenção em anos recentes. Com Até o Fim, em que ele faz um homem que sofre um acidente sozinho no mar, tem talvez sua melhor atuação, que lhe deu o prêmio dos Críticos de Nova York. E em outro grande filme sobre jornalismo político, ele faz Dan Rather, ao lado da Mary Mapes de Cate Blanchett, em Conspiração e Poder . Filmão disponível na Netflix.
E, é claro, há também os filmes que dirigiu, e não participou como ator. Foram 10 ao todo, inclusive o documentário Cathedrals of Culture. Meus destaques vão obviamente para Gente como a Gente (Oscar de direção), o lindo Nada é para Sempre (o meu preferido), Quiz Show – A verdade dos Bastidores e Conspiração Americana.