A saga de Rocky nunca termina. Quase 50 anos depois, mais um filme do universo criado por Stallone nos anos 70, chega aos cinemas. Creed 3 vem com muitas novidades. Pela primeira vez, Stallone não participa – há somente uma referência ao seu nome. Michael B. Jordan, além de ator principal, agora é também diretor – e se sai bem. O filme não é tão bom como Creed 2 – para mim o melhor da franquia – mas funciona e envolve. Deixa bem claro que é um novo mundo, e que Rocky ficou para trás – mas seu universo não.
O filme começa com uma lembrança de um momento da infância de Adonis Creed. Algo que o marcou profundamente. E logo corta para a luta de despedida dele, que vai se aposentar. Depois de dominar o mundo do boxe, Adonis vem prosperando tanto na carreira quanto na vida familiar. É quando um amigo de infância e ex-prodígio do boxe, Damian (Jonathan Majors), ressurge. Depois de cumprir uma longa sentença na prisão, ele está ansioso para provar que merece sua chance no ringue. É quando Damian pede a ajuda de Adonis para que ele o ajude a voltar para os campeonatos de luta. Logo fica claro que Damian não está nada satisfeito que Creed “tomou seu lugar” no ringue de boxe. Os dois velhos amigos então vão lutar para enfrentar seus passados juntos e enfrentar o futuro que os aguarda.
O que achei?
É claro que a história é previsível. Qualquer um que já viu algum filme de Rocky vai saber que alguém do passado vai sempre querer tirar o personagem principal da aposentadoria, rsrs. Não é diferente aqui. mas Michael B. Jordan se sai muito bem em sua estreia como diretor. Poderia ter cortado uns 15 minutos, mas isso também era um problema no primeiro Creed, rs. Ele se sai bem especialmente criando a química entre Adonis e Damian. E muito disso, claro, se deve à presença de Jonathan Majors como antagonista. Claramente bipolar, Damian é um personagem interessantíssimo, e Jonathan Majors extrai o máximo dele.
As cenas de luta são bem fotografadas e dirigidas – chegam até a ser incômodas. Há também aqueles clips preparatórios para a luta de sempre. A parte da vida pessoal de Adonis também é bem solucionada. Especialmente no que diz respeito à relação com a mulher e a filha. São felizes, mas não como um comercial de margarina. E no final, deixa claro que a saga dos Creed irá continuar…
E ainda…
PS – Stallone foi bem vocal a respeito de como não concordava sobre o caminho que a franquia estava tomando. Disse inclusive que não tinha nada a ver com esse novo filme. Entretanto, depois de fazer tanto barulho na imprensa, seu nome aparece como produtor nos créditos. A “boca no trombone” deve ter surtido efeito, rs!