Há dois anos, Liam Neeson fez o filme Assassino sem Rastro ( disponível no MAX), que por sua vez se baseia num filme belga, De zaak Alzheimer, de 2003. Em Assassino sem Rastro, Liam faz um assassino que começa a perder a memória. Esse é o mesmo ponto de partida de Pacto de Redenção, dirigido e estrelado por Michael Keaton, que estreia nessa quinta nos cinemas. Este é superior ao filme de Neeson, e traz ainda ótimas atuações de Keaton e de James Marsden.
No filme, John Knox (Michael Keaton) é um assassino de aluguel diagnosticado com uma forma rápida de demência, uma condição rara. Antes de perder completamente o controle da sua mente, ele recebe a visita do seu filho, Miles, (James Marsden), com quem não tinha contato há cinco anos. O filho o procura desesperado por ajuda para encobrir um crime que cometeu. Como uma tentativa de se reconectar com Miles e ajudá-lo a escapar da prisão, ele pede a ajuda de Xavier (Al Pacino) para ter certeza que seu plano terá sucesso. Especialmente antes de sua própria mente entrar em rápida deterioração.
O que achei?
O roteiro é inteligente e não tem pressa de explicar nada. Tudo se encaixa no momento certo , o que é muito mais – muito mesmo – do que a maioria dos filmes do gênero. Além disso, sabe mesclar perfeitamente o drama, o suspense e o policial. As cenas entre pai e filho, seja no início ou no final, são ótimas e tocantes. E ainda há um certo humor, boa parte dele providenciado por Al Pacino, que ilumina a tela quando aparece quase na metade do filme.
Aliás, o elenco é uma atração à parte. Há pequenas participações que são sensacionais. Não só Al Pacino, mas também Marcia Gay Harden, Ray McKinnon, Joanna Kulig ( de Guerra Fria) entre outros. Mas, é claro, o filme é um grande duelo entre Michael Keaton e James Marsden. Há um momento ótimo, que acontece muito tempo depois que o personagem de Keaton diz ao filho que haverá um momento em que ele terá que agir como se fosse ele. E quando esse momento chega, a atuação de Masters, incorporando o estilo de Michael Keaton é simplesmente sensacional. E o próprio Michael Keaton deixa a maioria de seus tiques conhecidos de lado para fazer um personagem único. Gostei bastante!