Eu tenho um problema com pessoas (e personagens) que falam demais. Elas me deixam um pouco nervosa e até meio zonza. Nos filmes, quando aparece um personagem assim, fico olhando no relógio todo o tempo e não consigo nem mesmo aproveitar, nem embarcar na história. Foi o que aconteceu quando assisti Mistress America, que entrou nos cinemas esta semana, depois de ter passado em sessões especiais da Mostra de Cinema de São Paulo. É o novo filme da dupla de Frances Ha, o diretor Noah Baumbach e a atriz Greta Gerwig. Muita gente que assistia ao filme na mesma sessão deu boas risadas. Não foi o meu caso.
Tracy (Lola Kirke) é uma garota que acabou de chegar a Nova York para estudar. Mas ela vem tendo dificuldades para se adaptar e também para se relacionar com outras pessoas. As coisas começam a mudar quando ela conhece Brooke (Greta Gerwig), que vem a ser a filha de seu futuro padrasto. Engraçada, meio louca e beeem falante, Brooke vai apresentar Tracy para um estilo de vida totalmente diferente de tudo com que ela estava acostumada. Esse pode ser o empurrão que as duas precisavam para seguir atrás daquilo que sonham.
Uma das coisas boas do filme é a forma como mostra Nova York, sempre uma cidade tão fotogênica. Mas apesar de uma ou outra situação intrigante, o filme acaba parecendo um primo pobre dos filmes de Woody Allen. E, nossa, esse personagem de Greta Gerwig é tão chato que você quase acaba torcendo contra ele! Pena!