O desenho de O rei Leão é um dos maiores sucessos da história da Disney. Ficou na memória afetiva de muitos. Em 2019, ganhou um “live action” (todo feito por computação gráfica), que também fez um bom dinheiro, mas dividiu opinião. Eu acho que tem prós e contras (crítica aqui). E agora chega aos cinemas nessa quinta um prelúdio do filme. É Mufasa: O rei Leão, que conta a história do pai de Simba. Assim como o filme anterior, também acho que tem prós e contras. Mas eu fiquei mais envolvida com este filme, provavelmente pelo ineditismo da história.
Rafiki, com a “assessoria” de Timão e Pumba, conta a lenda de Mufasa para a pequena Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão. Ele está perdido e sozinho até que conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino. E também revela como foi a ascensão de um dos maiores reis das Terras de Simba.
O que achei?
Desnecessário falar sobre os efeitos visuais, fotografia, e aspectos técnicos. É tudo sensacional (vale ver no cinema). Também conseguiram melhorar bem as expressões dos leões, especialmente os pequenos, em comparação com o filme O Rei Leão. E ainda deixa você emocionado logo de início ao dedicar o filme a James Earl Jones, que faleceu este ano. O Mufasa criança é a coisa mais fofinha, assim como o irmão Taka. A relação dos dois é muito bonita. Mas tudo é ameaçado pela chegada de um grupo de leões albinos.
A partir disso, começa uma fuga dos dois, a qual se juntarão outros membros, inclusive um jovem Rafiki. Esse caminho também mostrará como Rafiki e Mufasa se tornaram os melhores amigos. Há também o momento – e a razão – pela qual Taka se transformará no vilão Scar. Pena que tudo foi feito de forma muito repentina. Num minuto, ele é um fofo, irmão querido, e no seguinte é um traidor. Deveriam ter melhorado um pouco mais essa mudança.
E há o problema das novas canções. Ela são de Lin-Manuel Miranda, e são todas esquecíveis. Não há um clássico instantâneo como Circle of Life, Hakuna Matata e Can You feel the Love Tonight. Por isso, há vários momentos em que você quer que a música acabe logo para que a história seja retomada. E esse comentário vem de uma fã de musicais tá?
O elenco e mais…
Assisti ao filme na versão dublada. Nada contra os dubladores, mas especialmente quando há canções envolvidas, sempre prefiro ouvir no idioma original. Uma pena que não consegui porque tem talentos como Thandiwe Newton, Anika Noni Rose e Mads Mikkelsen (claro, como o grande vilão), entre outros. Donald Glover e Beyoncè voltam como Nala e Simba, mas tem pouquíssimas falas. E confesso que estou bem curiosa para ouvir a voz da filha de Beyoncè, Blue Ivy, como Kiara. Vou ter que deixar para quando chegar no streaming.
No final, Mufasa: O Rei Leão é uma grande homenagem à animação original, mostrando várias origens de personagens e situações. Vale ver, mas já aviso que não se tornará um clássico.