Você provavelmente já deve ter ouvido falar de toda a controvérsia que foi provocada ela contratação de Scarlett Johansson para o papel principal de A Vigilante do Amanhã, que estreou hoje nos cinemas. Baseado num famoso mangá, que depois deu origem a uma animação muito elogiada, o filme tem como personagem principal uma mulher ciberneticamente alterada que faz parte de uma força-tarefa que tem como objetivo eliminar bandidos extremamente perigosos num futuro próximo. O argumento das reclamações é que o papel da Major deveria ter sido feito por uma atriz oriental. Esse tipo de reclamação seja com relação a qualquer raça me cansa um pouco. São atores! Sim, Idris Elba poderia ser um ótimo James Bond, Angelina Jolie estava ótima em O Preço da Coragem, Tilda Swinton arrebentou em Doutor Estranho, assim como Audra MacDonald e Gugu MBatha-Raw em A Bela e a Fera. São personagens, independentes de suas raças. No caso específico de A Vigilante do Amanhã, que é uma grande produção caríssima, é claro que os produtores iriam querer a atriz mais popular possível para ajudar no retorno de bilheteria. Caso de Scarlett, a número 2 no mundo, que ainda por cima é adorada por 10 entre 10 homens, o que sempre ajuda.
Dito isso, o que achei do filme? Apesar de ser uma grande produção, não é um filme fácil. tem um ritmo mais lento e menos comercial do que, por exemplo, Lucy, outro filme também estrelado por Scarlett, que tem algumas similaridades com este aqui. A Vigilante do Amanhã é um filho direto da animação. Algumas tomadas chegam a ser praticamente cópias do desenho de 1995, que foi exibido recentemente em uma sessão única no Cinemark.
Então se você é fã da animação, com certeza vai gostar também do filme. A direção de arte é brilhante, lembra um pouco Blade Runner, mas mais moderna, já que os efeitos especiais são de última geração. Também foi incluída uma história explicando a origem de Major, o que deixa a personagem mais “humana”. E, é claro, as cenas de lutas, até com uma máquina monstruosa no final, são muito bem feitas.
Além de tudo isso, o filme também representa uma redenção do diretor Rupert Sanders, que teve sua carreira prejudicada por aquele escândalo com Kristen Stewart depois que os dois filmara juntos Branca de Neve e o Caçador. Afinal, a maioria da crítica internacional gostou do filme. Eu mesma, nem tanto. Se o público brasileiro vai embarcar mesmo tendo as opções de A Bela e a Fera, Logan e Power Rangers nos cinemas, é algo para esperar para ver…