Talvez muita gente só conheça Kirk Douglas como o pai de Michael Douglas. Mas ele foi muito mais que isso. Não só foi um ator que concorreu três vezes ao Oscar como ator. Mas principalmente porque foi um homem que fez a diferença em Hollywood. Como produtor (e astro) de Spartacus, talvez seu papel mais famoso, Kirk buscou Dalton Trumbo, na época perseguido pela caça às bruxas, conhecido como comunista, para ser o roteirista do filme . Essa história está descrita no filme Trumbo, com Bryan Cranston. Se não viu, assista ! Vale muito a pena.
Kirk Douglas morreu hoje, aos 103 anos. Foi um dos astros mais longevos de Hollywood. Foi diretor, ator, produtor. Recebeu um Oscar especial em 1996. Era reconhecido por todos como um dos maiores. Confesso que ele nunca foi dos meus favoritos. Puro caso de falta da empatia. Mas isso não me impedia de reconhecer seu talento e sua importância para a história do cinema. Kirk concorreu três vezes ao Oscar de melhor ator. Em 1950, por O Invencível; em 1952, por Assim estava escrito ; e em Sede de Viver , de 1957.
Começou como lutador, estreou como ator na Broadway, e chegou ao cinema em 1947, com o filme Estranha fascinação. Sempre esteve envolvido com causas humanitárias. Teve um derrame e um acidente de helicoptero nos anos 90 que o deixaram um tanto debilitado, mas mesmo assim continuou ativo, comparecendo em grandes eventos e no cinema. Kirk fez mais de 90 filmes. Mas eu escolhi aqui cinco dos meus favoritos para relembrá-lo . Não são os melhores, nem os piores, mas aqueles que me fazem relembrar este grande ator.
Os Vikings (1958)
Tony Curtis e Kirk Douglas são Einar e Eric são meio-irmãos, um é o príncipe e herdeiro do trono inglês; o outro é o filho bastardo de um selvagem viking. Até que em um ataque surpresa, os Vikings sequestram a princesa Morgana (Janet Leigh) , o que faz Einar e Eric tentarem recuperá-la. É o meu filme favorito de Kirk.
Acontece nas Melhores Famílias (2003)
Esse é o filme que Kirk e Michael Douglas fizeram juntos . Isso além do filho de Michael, Cameron, e a mãe dele , Diana Douglas. Durante décadas, Michael procurou o roteiro ideal para ele estrelar um filme junto com seu pai. Em 2003, eles fizeram esse sobre uma família que conta a história de um pai de família financeiramente bem-sucedido, que têm problemas de relacionamento com os três filhos. Um deles não está tão certo do seu papel em casa, outro não leva a faculdade a sério, e a pré-adolescente apresenta problemas de integração social.
Ulisses (1954)
Os filmes de Kirk Douglas passavam sempre quando eu era menina na Sessão da Tarde. E um dos que eu mais gostava era a aventura de Ulisses (sempre gostei dessas fantasias). Ulisses realiza uma jornada para voltar para casa, depois de ter perdido da frota de navios durante uma tempestade. Em sua Odisséia, ele enfrenta várias batalhas e derrama seu sangue e suor para tentar permanecer vivo.
A Montanha dos sete Abutres (1951)
Ainda hoje, um dos filmes mais poderosos sobre o jornalismo. Com falhas que ultrapassam seu talento, o repórter Chuck Tatum (Kirk Douglas) viaja o país pulando de emprego para emprego. Quando chega ao Novo México, Tatum começa a trabalhar em jornal local, mas acha que não há muito o que fazer em termos de notícias. No entanto, quando fica sabendo de um caçador de tesouros (Richard Benedict) preso em uma mina, ele transforma a história em uma sensação na mídia. Logo Tatum começa a usar táticas inescrupulosas para tirar proveito da situação.
Fuga do passado (1947)
Só depois de ver sua refilmagem, Paixões Violentas (que eu adoro), é que fui assistir esse belo exemplar de filme noir, feito em 1947. Jeff Bailey (Robert Mitchum), pacato funcionário de um posto de gasolina, é obrigado a reviver seu turbulento passado quando é localizado pelo gângster Whit Sterling (Kirk Douglas). Jeff, outrora um experiente detetive, foi contratado por Whit e acabou errando ao misturar negócios e romance, envolvendo-se com Kathie (Jane Greer).
Obrigada, Kirk Douglas! Foi uma jornada e tanto!