Mesmo no meio de uma viagem, não poderia deixar de escrever algo sobre Doris Day. A atriz faleceu, aos 97 anos, em sua casa em Carmel, nos Estados Unidos. Ainda no último 3 de abril, relembrei seu aniversário. Doris foi uma das comediantes mais incríveis da história do cinema. Também tinha uma das vozes mais lindas que já ouvi. Seus filmes fizeram parte de minha infância, quando passavam sempre na Sessão da Tarde. Além disso, foi uma grande defensora dos animais. Para mim, foi uma das maiores. Só foi indicada uma vez ao Oscar, por Confidências à meia-noite, talvez porque fizesse parecer que tudo era fácil demais. Em 1989, recebeu um prêmio especial, o Cecil B. De Mille Award, do Globo de Ouro.
Há vários filmes de Doris Day que estão entre meus favoritos da vida. Abaixo, separei somente cinco. Pouco para uma atriz de sua magnitude. Mas são os meus indispensáveis:
Confidências à Meia-noite
Doris e Rock Hudson fizeram três filmes juntos – os outros foram Volta, meu Amor e Não me Mandem Flores. Foram amigos para toda a vida. Este foi o primeiro e o maior sucesso. Os dois tinham uma química incrível, como um homem e uma mulher que dividem uma linha telefônica e se odeiam. Só que acabam se interessando um pelo outro sem saber quem são. É delicioso!
A Espiã das calcinhas de Renda
Esse é o meu preferido. Sempre morro de rir com ele. Mas foi um de seus menos bem-sucedidos em termos de bilheteria. Rod Taylor é o chefe de um laboratório de pesquisa aeroespacial, que por causa de uma série de mal-entendidos, começa a suspeitar que sua namorada (Doris) é uma espiã soviética. Rod já havia feito um outro filme com Doris, Favor não incomodar, no ano anterior.
O Homem que Sabia Demais
Doris não era a típica heroína de Alfred Hitchcock. Mas ela está ótima ao lado de James Stewart, nessa refilmagem de um filme feito também anteriormente pelo diretor. Eles fazem um casal cujo filho é raptado por um grupo de assassinos que quer matar o primeiro-ministro. Inesquecível a cena em que Doris canta um de seus grandes sucessos, Que Será Será.
Ardida como Pimenta
Eu amava esse filme quando criança. Nele, Doris é Calamity Jane, e conta o começo de seu romance com Wild Bill Hicock, vivido com grande charme por Howard Keel. Poucas vezes vi uma atuação tão cheia de energia como essa de Doris. E ainda tem a música premiada com o Oscar, Secret Love. #adoro
Ama-me ou Esquece-me
Doris não fez muitos dramas. Mas aqui ela está inesquecível na biografia da cantora Ruth Etting, durante o período de seus casamento com o gangster Marty Snyder (James Cagney), que a ajudou no início de sua carreira. Aliás, foi Cagney quem sugeriu o nome de Doris. E ela mesma quase recusou o papel. Ainda bem que não.