Semana passada, estava zapeando pelos canais quando cheguei a um que estava exibindo Presságio, de 2009. Nele, Nicolas Cage é um pai cujo filho é escolhido por extraterrestres para ser salvo já que a terra será destruída. Ao assistir O Apocalipse, que estreia este fim de semana nos cinemas, cheguei à conclusão que a preocupação com a aniquilação da Terra, deve ser recorrente para Nicolas Cage.
Isso porque em O Apocalipse ele é Rayford, um piloto de avião casado e com dois filhos. A filha, Chloe (Cassi Thomson, que fazia uma série chamada Switched at Birth) volta para casa para o aniversário do pai mas descobre que ele tem outros planos, que incluem uma bela aeromoça e um show em Londres. A mãe (Lea Thompson, a mocinha de De Volta para o Futuro, lembra?) se tornou muito religiosa, o que a afasta do resto da família. Quando de repente várias pessoas desaparecem do nada, Chloe tenta encontrar sua família enquanto Rayford tem que arrumar um jeito de pousar seu avião sem ajuda (ou quase). Mas para onde foram os desaparecidos? Será que é o fim do mundo?
Uma mistura de filme religioso com a série Aeroporto, não é definitivamente um filme de ação (apesar das várias explosões). A história é baseada em uma série de livros de sucesso, mas que infelizmente não funcionam tão bem num filme. Até porque esta não é a primeira adaptação. Houve uma em 2000, Deixados para Trás, com o “super-astro” Kirk Cameron (rs), que foi direto para vídeo mas teve duas continuações.
O Apocalipse ainda sofre com o problema da escolha de Nicolas Cage para o papel principal. Já faz um bom tempo que ele “ligou o piloto automático” em suas atuações. É muito difícil acreditar no seu personagem. Este é apenas um dos problemas de O Apocalipse. Roteiro, direção, tudo lembra aqueles filmes sobre o fim do mundo que você esquecia assim que pressionava o stop no videocassete (ou seja, faz tempo…). Você até assiste mas…
Eliane Munhoz