O Bastardo é um filme dinamarquês, estrelado por Mads Mikkelsen, que estreou hoje nos cinemas. Ele foi o escolhido para ser o representante do país no Oscar deste ano. Também ganhou o European Awards, o Danish Film Awards, e Mads Mikkelsen levou o prêmio de ator no Festival de Palm Springs. Há uma razão para tudo isso – o filme é bom demais e vale ser visto no cinema.
O filme se passa na Dinamarca do século XVIII. Narra a história do Capitão Ludvig Kahlen, um herói de guerra orgulhoso, mas empobrecido. Ele embarca em uma jornada audaciosa para colonizar uma terra selvagem e aparentemente inóspita. Está determinado a fundar uma colônia em nome do Rei, mas enfrenta os desafios da natureza implacável. E pior, a ameaça do cruel nobre Frederik De Schinkel.
O que achei?
O filme é inspirado no livro de Ida Jenssen, que por sua vez se baseia em vidas de pessoas que realmente existiram. A narrativa e a própria história são pesadas, mas nunca menos do que envolvente. Fica claro que seu objetivo é mostrar o custo da ambição e também a importância da família. Khalen é um homem teimoso e determinado, e o personagem cai como uma luva para Mads Mikkelsen. Ele tem uma atuação primorosa onde é possível vislumbrar todas as suas dúvidas, que aparecem enquanto ele tenta atingir seu objetivo.
Amanda Colin, como Ann Barbara, é aquela que convive com ele, a princípio porque não tem mais para onde ir. Mas que com o tempo acaba mostrando a importância de uma família. E ainda há um vilão enlouquecido e eficiente. Ou seja, todos os ingredientes para uma grande história. Isso sem contar a garotinha, que traz um certo alívio cômico, mas também alguns dos mais emocionantes.
Minha sugestão é que O Bastardo seja visto no cinema. A fotografia que mostra as pradarias desoladas, a direção de arte nos envolve, além do roteiro que não deixa sentir as 2h07 de duração. É um épico, com uma história dramática, que certamente já está entre os melhores do ano.