Eu não conheço muito sobre os quadrinhos de Doutor Estranho, da Marvel. Mas a possibilidade de um super-herói que não tem nada a ver com tecnologia, que não veio de outro planeta (ou dimensão), nem participou de uma experiência estranha, mas usa magia, me fascinou. E o filme não decepciona. Tanto que a Disney adiantou o lançamento em um dia aqui no Brasil para aproveitar o feriado, e o filme pode ser visto nos cinemas a partir de amanhã, dia 2. Vale a pena vê-lo, especialmente numa tela bem grande – IMAX é uma boa pedida – já que os efeitos são um destaque.
O filme começa apresentando o famoso neurocirurgião Dr. Stephen Strange, um homem que se acha o centro do universo, cuja vida muda para sempre após um terrível acidente de carro que impede que ele possa continuar utilizando as mãos. E quando a medicina tradicional fracassa, Strange começa a procurar cura, e esperança, em um local improvável – um lugar misterioso conhecido como Kamar-Taj, chefiado pela Anciã. Só que ele rapidamente descobre que esse não é apenas um centro de cura, mas também a linha de frente de uma batalha contra forças ocultas do mal determinadas a (é claro) destruir o mundo. Em pouco tempo, Strange – com recém-adquiridos poderes mágicos – é forçado a escolher entre retornar à sua antiga vida ou deixar tudo para trás para defender o mundo como o feiticeiro mais poderoso que existe. O que você acha que ele vai escolher? Rs!
Já faz bastante tempo que se ouve falar de Doutor Estranho. Houve várias idas e vindas com o elenco e no final tudo deu certo com o escolhido original para o papel principal, Benedict Cumberbatch. E ele obviamente foi uma excelente escolha que deixou todo o mundo feliz. O mesmo não aconteceu com a escolha de Tilda Swinton para o papel da Anciã. Como sempre, teve o povo que reclamou que ela era mulher, que não era um oriental como nos quadrinhos, que era preconceito. Bobagem, ela foi uma excelente escolha e está ótima no papel, parece levitar todo o tempo. E o filme ainda tem Rachel McAdams, divertida e adorável, Chiwetel Ejiofor e Mads Mikkelsen como o vilão.
Além disso, o filme tem aquele toque da Marvel, com humor na medida certa e as referências. Em alguns momentos lembra Batman Begins, outros Matrix, e ainda muito de A Origem. Menciona as pedras do Infinito e os Vingadores, afinal o Dr. Estranho também estará em Vingadores: Guerra do Infinito (já imaginou os dois Sherlocks juntos???). Aliás, sem spoilers, não saia da sala de cinema antes do final dos créditos. Na tradição da Marvel, o filme tem duas cenas pós-créditos, uma logo no início, com uma participação muito especial, e outra no final, que já dá a entender quem será um vilão futuro. Não perca!