Sempre vou assistir a qualquer filme que tenha uma de minhas atrizes preferidas, Diane Lane, no elenco. É a certeza completa que pelo menos uma coisa boa eu vou assistir. Mesmo tendo chegado às 5 da manhã fui correndo assistir à sessão para a imprensa de Paris pode Esperar na semana passada. E Diane, como sempre, não me deixou na mão. Ela está linda e maravilhosa como a esposa de um produtor de Hollywood que inesperadamente faz uma viagem de carro pela França com um sócio francês do marido (Alec Baldwin), o que reaviva sua autoestima e sua alegria de viver.
Outra coisa que me inspirou a ver o filme é porque era dirigido por Eleanor Coppola, ninguém menos do que a esposa de Francis e mãe de Sofia, que depois de ter feito vários documentários, inclusive um que gosto muito sobre as filmagens de Apocalipse Now, O Apocalipse de um Cineasta, tinha resolvido estrear na direção de um longa de ficção aos 80 anos. Um fato realmente inspirador. A ideia para o filme veio de uma experiência própria. Segundo ela, em 2009, uma gripe forte a impediu de voar enquanto acompanhava seu marido, Francis, para o festival de cinema de Cannes.
O dilema foi rapidamente resolvido pelo sócio de longa data, um francês, que estava dirigindo de volta a Paris na hora. Ele sugeriu que ela fosse com ele, e ela aceitou. De noite já poderia dormir no apartamento dos Coppola em Paris. E, quando os negócios deles estivessem resolvidos, Francis iria se juntar a ela para curtas férias. Semanas depois, após voltar de sua casa no norte da Califórnia, Eleanor presenteou um amigo com divertidas anedotas sobre sua jornada entre Cannes e Paris com um francês obcecado por culinária que a levou em mais de um tipo de “viagem”. Uma viagem de sete horas se esticou por quarenta antes de seu velho Peugeot dar seu último suspiro e ser trocado por um carro alugado. “Esse é um filme que gostaria de ver”, seu amigo disse, rindo. E ela aparentemente gostou da ideia.
Obviamente a parte romântica do filme não aconteceu com Eleanor, e é justamente a parte mais fraca. Não só porque o personagem, pelo menos do meu ponto de vista, é insuportável, mas também porque o ator Arnaud Viard é nada sexy. Mas em compensação, a viagem mostra um interior da França escondido, simples e bonito, que vai deixar você com vontade de conhecer. Mas o melhor (ou pior, dependendo da situação da sua dieta) é a descrição das comidas e as cenas nos restaurantes. Uma homenagem ao comer bem!
Então feche os olhos para a parte romântica e curta o charme de Diane e os bons pratos franceses enquanto Paris pode esperar. O filme estreia nos cinemas amanhã (8) em Manaus, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Maceió, Salvador, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Barueri, Ribeirão Preto, Santos, Curitiba e Porto Alegre.
Antonia
19 de maio de 2019 às 10:05 pm
Cinema é tudo de bom.
Antonia.