Quando vi o painel de O Último Caçador de Bruxas na ComicCon de Nova York no mês passado, fiquei bem interessada. Os efeitos eram ótimos, Vin Diesel, seu astro, parecia bem entusiasmado com o resultado do filme, falando que uma sequência já era praticamente uma certeza. Atualmente, após a segunda semana de exibição nos Estados Unidos (os resultados da estreia nos cinemas brasileiros ainda não foram divulgados), onde o filme ficou bem, mas bem abaixo do esperado, não creio que isso seja tão certo. De minha parte, a decepção foi grande.
O início é bom. Mostra como Kaulder (Vin Diesel), um corajoso guerreiro, conseguiu derrotar a poderosa Rainha Bruxa e dizimar seus seguidores. No entanto, um pouco antes de morrer, a Rainha o amaldiçoa com sua própria imortalidade. O problema do filme começa quando Kaulder, que tem passado os últimos séculos caçando bruxas do mal, em nome da saudade que sente de sua amada família que ficou para trás, chega ao presente. E principalmente quando ele descobre que terá que enfrentar novamente uma ameaça do passado, que, é claro, determinará a sobrevivência da raça humana.
Ao assistir o filme, a primeira lembrança que me veio à mente foi Frankenstein: Entre Anjos e Demônios, com Aaron Eckhart, que a maioria da crítica malhou intensamente, mas que eu achei muito mais bem resolvido em termos de roteiro e ação gótica do que este aqui. Fora isso, parece uma miscelânea de vários filmes da mesma linha, com efeitos especiais de qualidade, mas exagerados, e muitas vezes fora do contexto. Os atores como Rose Leslie (Game of Thrones) e Elijah Wood não tem muito o que fazer com seus personagens que a cada cena parecem ter mudado de opinião e objetivo. Um problema claro de um roteiro mal resolvido.
Durante o painel, fiquei impressionada com o carinho com que Vin Diesel falou do filme. Disse na época que era fã de Dungeons & Dragons, o game que também resultou num filme ruim. E que seu sonho sempre foi fazer um filme de fantasia, de começar uma nova mitologia. Falou também sobre como achou incrível fazer cenas com uma espada em chamas, apesar de ter sido necessário treinar a coreografia por um mês. Mas a verdade é que por mais que tenha simpatia por Vin Diesel, e por seu esforço de manter uma carreira interessante mesmo com seus claros limites como ator, ele não consegue escapar de se repetir. Kaulder, no presente, apresenta inúmeras vezes os maneirismos de Dominic Toretto, da franquia Velozes e Furiosos (aliás ele anunciou que começará a rodar o oitavo em março do ano que vem).
Com certeza, Vin vai precisar retornar ao seu personagem de sucesso. Com um custo estimado de 90 milhões, fora os custos de marketing e promoção no mundo inteiro, é pouco provável que O Último Caçador de Bruxas tenha lucro. É… que falta faz um bom roteiro e um bom diretor ( Breck Eisner também fez Sahara. Ou seja, está explicado)!
Eduardo pepe
2 de novembro de 2015 às 2:09 pm
Esse é pior q Frankstein? Meu deus, p passar longe entao…