Nas mãos de um bom diretor, Taraji P.Henson, pode ser uma atriz incrível. É o caso, por exemplo, de Estrelas Além do Tempo, pelo qual ele ficou injustamente fora da lista de indicadas do Oscar daquele ano. Infelizmente, não é o caso de Acrimônia, dirigido por Tyler Perry , que estreou essa semana nos cinemas. Aqui, ela faz mais uma vez o papel de uma mulher completamente enlouquecida (e meio burrinha). Devo dizer que foi difícil chegar ao fim do filme.
Ele começa mostrando uma mulher, Melinda (Taraji), sendo sentenciada a ficar longe de um casal, e ainda frequentar um psicólogo sob o risco de ser presa. Ela está obviamente irada (daquele jeito que Taraji sabe fazer …), mas acaba concordando. No consultório, a psicóloga faz com que ela conte toda a sua história, e o motivo de suas ações. Tudo começa quando ela conhece Robert (Antonio Madison, e depois Lyriq Bent), ela se apaixona, mas logo fica na cara que as coisas não vão dar certo. Melinda logo começa a pagar várias coisas para ele, e mesmo depois de casados, ela acaba sustentando-o, já que ele “tem que se dedicar à engenhoca que inventou”. Dezoito anos depois, os dois ainda estão juntos, mas alguém do passado vai reaparecer e mudar completamente a vida desses dois.
Tyler Perry é um diretor medíocre, que sempre está nas listas de piores filmes do ano, com suas varias sequências de produções com a personagem Medea, também feita por Perry, vestida de mulher. Eles são enormes sucessos nos Estados Unidos, e deram a Perry a oportunidade de investir em filmes sérios (pelo menos, essa é a intenção), como Acrimônia. Aliás, para quem não sabe (eu não sabia), Acrimônia significa “modo de agir de quem é indelicado, áspero, mal-humorado; aspereza.”
O problema é que o filme é um horror (foi filmado em 8 dias). A primeira parte, quando Melinda é uma jovem universitária (vivida aqui por Ajiona Alexus, que também foi a versão mais nova de Cookie, personagem de Taraji na série Empire), é até razoável. Afinal, você pode até acreditar que uma jovem possa ser tontinha daquele jeito. O problema começa depois, quando se passam 18 anos (sim, 18) e tudo continua a mesma coisa. E, por uma determinada razão, Melinda acaba virando uma louca, vingativa, incompreensiva. E, o pior, o cara, que era um canalha aproveitador, passa a ser bonzinho. Ou seja, de repente, você, que torcia pela moça que ficou anos sendo explorada, passa a querer que ela desapareça da vida do “coitadinho”.
Mas o pior do pior mesmo, vem aos 15, 20 minutos finais. Sim , tem #spoiler, mas, como dica, não se importe, já que é melhor você não perder seu tempo com Acrimônia.
Nos 15, 20 minutos finais, o filme vira uma cópia do final de Atração Fatal, com direito a machado na mão, e recuperação depois de afogada. Um desastre! Taraji não merecia isso. Nem quem teve que assistir ao filme… Mas, só para ficar ainda mais surreal, Acrimônia rendeu mais de 40 milhões de dólares nos cinemas americanos. Vai entender…
Karla Ramirez
14 de novembro de 2018 às 6:55 pm
Taraji P. Henson sempre surpreende com os seus papéis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Éstá impecável no Proud Mary filme . Perssonalmente considero um dos melhores filmes 2018. Más seguramente o êxito de Proud Mary deve-se a participação dela no filme, porque tem muitos fãs que como eu se sentem atraídos por cada estréia cinematográfica que tem o seu nome exibição. Além, acho que a sua participação neste filme de suspense realmente ajudou ao desenvolvimento da história. Ninguém poderia fazer o papel de Taraji melhor do que ela.