Você já deve ter visto vários filmes com o título de Horas de Desespero. Este último, que chega aos cinemas esta semana, é o mais recente e condiz com ao titulo. Como novidade, traz Owen Wilson, que a gente está acostumado a ver em personagens gaiatos, fazendo aqui um drama pesado com muita ação. Ele é um pai de família, Jack Dwyer, que chega a um país da Ásia com a mulher e duas filhas pequenas para começar uma nova carreira( e nova vida) como engenheiro de uma empresa americana que vai construir um novo sistema de águas no local. Na chegada eles conhecem uma figura estranha e suspeita (Pierce Brosnan), que está no mesmo hotel que eles. Mas o problema é que logo estoura uma revolução. E começa uma perseguição à família, que simboliza o imperialismo americano.
O filme tem cenas muito boas, especialmente a da fuga do hotel. É claro que o estigma dos americanos bonzinhos, que só queriam ajudar o terceiro mundo e em troca são tratado com violência por gente muito má, está presente todo o tempo.Mas o cinema de Hollywood faz isso desde os primeiros anos de sua história. Assim, se você conseguir relevar, e até rir com isso, vai encontrar um thriller eficiente, que realmente para mim foi uma surpresa.
O ponto mais fraco é justamente Owen Wilson. Há momentos que ele realmente não consegue “segurar” a carga dramática necessária. Preste atenção especialmente perto do final quando a esposa tem que fazê-lo acordar de uma espécie de transe de desespero. Difìcil engolir! Ainda bem que tem uma atriz sempre competente como Lake Bell para compensar (ela substituiu Michelle Monaghan, que ficou grávida). A participação de Pierce Brosnan é pequena, mas como sempre, eficiente. Ele traz aquela certa dose de ironia, que é sua marca registrada, e é ótima.