Eu adoro um bom filme para chorar. Daqueles que você sai do cinema com a cara quase deformada – tipo Bohemian Rhapsody. Algumas pessoas que viram A Vida em Si, que estreia essa semana nos cinemas, haviam me dito que tinham morrido de chorar ao assisti-lo. Isso não aconteceu comigo. O único momento em que senti uma lágrima furtiva chegando foi uma cena em que envolve o destino do cachorro. Os dramas das pessoas não me pegaram. Mas, esse é o meu caso. Você provavelmente irá se emocionar. Afinal, esse é o objetivo da história.
A História
O roteiro de A Vida em Si pretende seguir numa linha novelão, que recentemente teve um excelente resultado na série This is Us. São várias histórias, que no final se mostram interligadas. Um jovem casal que se conhece desde a universidade em Nova York, além dos pais e da filha de ambos . Um dono de uma fazenda de oliveiras na Espanha, que emprega um homem muito sério, que se casa e tem um filho. Isso sem contar Samuel L. Jackson, que introduz o primeiro dos cinco capítulos desse roteiro.
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O diretor e roteirista Dan Fogelman, que tem experiência no assunto, já que é o criador de This is Us, tem experiência com direção. Ele fez um filme que eu adoro, chamado Não Olhe para Trás, com Al Pacino e Annette Bening. Essa é seu segundo filme como diretor. Ele sabe contar as várias histórias paralelas, mesmo surpreendendo em algumas situações. Com isso, a cada momento, percebemos que nada é exatamente o que parece. Mas de qualquer maneira, parece que fica faltando um capítulo no meio, com a história de Rodrigo e Dylan.
O Elenco
O elenco é uma atração a parte. Olivia Wilde e um charmosíssimo Oscar Isaac formam o casal de Nova York. Tem boa química. Antonio Banderas é sempre ótimo – a apresentação da história de vida do dono da fazenda logo na sua primeira cena é um primor. Sergio Peris-Mencheta e Laia Costa, como o casal espanhol também são uma grata surpresa. Olivia Cooke (Jogador Nº 1) está um pouco exagerada. E o filme ainda tem as participações de Samuel L. Jackson (divertida), Annette Bening (rápida), Mandy Patinkin (sempre ótimo), além de Jean Smart, que não tem muito a fazer.
No final, apesar de não ter chorado, o filme me envolveu. É uma boa história.