Armadilha Explosiva chegou nos cinemas no mês passado, e eu demorei para escrever. Desse forma, ele acabou saindo do circuito. Mas, creio que vale esperar para quando o filme chegar nas plataformas digitais. É uma produção francesa, que tem uma primeira parte extremamente eficiente. Depois cai um pouco, mas de qualquer maneira, vale a pena.
Em um estacionamento parisiense, Sonia está presa em seu carro, junto com seu filho Thomas e Zoé, filha de seu parceiro Fred, que ficou do lado de fora, sem poder fazer nada. Isso porque uma mina anti-tanque foi instalada em seu carro. Sonia é especialista em desarmar bombas e trabalha na mesma ONG que Fred. Ela liga para Igor e Camille, dois colegas de trabalho, para ajudá-la. Eles têm menos de 30 minutos para desarmar a bomba. Para Sônia, acostumada a se colocar em perigo, o risco é maior do que ela imagina. Só que há muito mais por trás dessa história do que eles poderiam imaginar.
O que achei de Armadilha Explosiva?
Eu gosto muito desses filmes que se passam em um único local. Acho que dá uma sensação claustrofóbica de suspense que se torna extremamente eficiente ao trazer a audiência para dentro da trama. Armadilha Explosiva faz bem isso. Tudo se passa na garagem do prédio onde o carro de Sonia está estacionado. Mesmo quando novos personagens entram em cena, não há uma única sequência fora disso.
A primeira parte que já mencionei, enquanto eles tem que correr contra o relógio é perfeita. A forma como o diretor (e co-roteirista) Vanya Peirani-Vignes usa a câmera para aumentar o suspense é sensacional. Há ainda a nervosa trilha sonora que adiciona ainda mais expectativa. Entretanto, quando a corrida contra o relógio termina, a atração cai. Há alguns subplots, como relação entre os companheiros de trabalho, entre mãe e filho. E claro, quem é o culpado. Confesso que a revelação me pareceu um pouco boba. Mas há todo um enfoque social – que envolve a Ucrânia, antes da guerra – que é eficiente.
O filme é curto -1h30 – e tem boas atuações. Especialmente da protagonista, Nora Arnezeder. Ela é veterana de várias séries de TV americanas, como Mozart in the Jungle, Zoo, Riviera. Recentemente, teve uma excelente participação na série The Offer, como Françoise. Ela dá o tom de nervoso e desespero para o filme. Valeu o tempo!