Antes de começar a falar sobre Carol, o filme indicado a vários prêmios que estreia esta semana nos cinemas, quero deixar claro que acho Cate Blanchett o máximo. Provavelmente, ao lado de Kate Winslet, é a melhor atriz da atualidade. Seja qual for o papel, ela é sempre perfeita. Em Carol, baseado no romance meio autobiográfico O Preço do Sal da conhecida escritora Patricia Highsmith, não é diferente. Repito: Cate é sempre perfeita!
A história começa em Nova York, no início da década de 1950, quando Therese Belivet (Rooney Mara), está trabalhando em uma loja de departamento de Manhattan e sonhando com uma vida mais gratificante. Lá ela conhece Carol Aird (Cate Blanchett), uma mulher sedutora presa em um casamento fracassado. Já no primeiro encontro ambas sentem uma atração imediata. Começa então um jogo de sedução entre as duas, que pode resultar em problemas quando o marido de Carol (Kyle Richards, de Super 8) resolve questionar sua competência como mãe. Carol e Therese se refugiam então na estrada, deixando para trás suas respectivas vidas. Só que nada pode durar para sempre…
O filme vem ganhando vários prêmios desde que estreou no festival de Cannes no ano passado. Entre os mais importantes estão o dos críticos de Nova York e os de Boston. Apesar de não ter ganhado nada no último Globo de Ouro, tem várias indicações para o Critics Choice, SAG’s, BAFTA e provavelmente também terá indicações para o Oscar (Cate com certeza). Mas o que achei do filme?
É bonito… mas pouco mais que isso. Cate está maravilhosa (as suas expressões “devoradoras” são imperdíveis), a fotografia é belíssima, a trilha é linda. Mas falta alma ao filme. Digo que é o filme perfeito para Rooney Mara, com aquela cara que nunca sentiu uma grande emoção, um sentimento avassalador. Tem sempre a mesma expressão de quem preferia estar dormindo para que a vida passe mais rápido.
Sim, é um filme para ganhar prêmios. Sim, vai se tornar cult. Sim, você deve assisti-lo no cinema para formar sua própria opinião. Talvez o meu problema é que eu esperava algo tão bonito e incrível como o filme anterior do diretor, Longe do Paraíso, de 2002, que deu uma indicação ao Oscar para Julianne Moore. E geralmente quando se espera demais, você acaba desapontada.