Mesmo aqui na Comic-Con, o Blog não deixa de falar sobre os lançamentos de cinema. Confesso que não gostei de O Homem mais Procurado. Achei longo e arrastado, apesar das boas atuações de Philip Seymour Hoffman e de uma de minhas jovens atrizes atuais preferidas, Rachel McAdams. Mas aí o Edu Fernandes me disse que havia gostado e escreveu este belo texto. Então aí vai uma visão diferente de O Homem mais Procurado, que estreou nos cinemas este fim de semana.
No começo de Tão Forte e tão Perto, o protagonista reflete sobre o fato de que, se o sol se apagar repentinamente, os humanos só perceberiam oito minutos depois. Isso serve como uma metáfora para o menino que se despede do pai que morreu em 11 de setembro. Muitas vezes temos essa mesma situação com atores, que morrem e deixam para trás trabalhos inéditos.
No momento, estamos vivendo esses “oito minutos” em relação a Philip Seymour Hoffman (O Último Concerto), que morreu em fevereiro. Nessa despedida há O Homem mais Procurado (A Most Wanted Man), último filme que o ator deixou completo antes de sua partida. Nele, é oferecida a chance de ver um trabalho competente, diferente das últimas atuações “no piloto automático” que Hoffman entregou.
No filme, ele interpreta Gunther, um espião alemão que tenta acabar com uma célula terrorista em Hamburgo. Para isso, convence a advogada Annabel (Rachel McAdams, de Questão de Tempo) a ajuda-lo.
Há uma boa intriga em O Homem mais Procurado. Isso e a atuação de Hoffman, com mudanças na voz e gestual, são suficientes para esquecermos que todos os personagens alemães do filme falam inglês sem qualquer explicação.