Eu já começo dizendo que Colossal, que estreia esta semana nos cinemas, é um filme muito estranho e inesperado. Dito isso, posso dizer também que gostei muito da loucura completa que ele é. É até mesmo difícil dizer qual o seu gênero. Filme de monstros? Drama? Comédia? Filme cult? É tudo isso e mais um pouco. Não é para todos os gostos, mas é com certeza bem diferente.
Tudo começa quando Gloria (Anne Hathaway), uma mulher alcoólatra, desempregada e que adora festas, tem que deixar Nova York depois de ter sido expulsa de casa pelo namorado (uma participação especial do lindo Dan Stevens, de A Bela e a Fera). Com isso ela acaba retornando para sua pequena cidade natal, onde revê locais do passado e reencontra um amigo de infância, Oscar (Jason Sudeikis). Só que quando ela começa a ver na TV notícias sobre um monstro que está destruindo Seul, na Coréia, Gloria começa a perceber que de alguma forma essa história está conectada a ela.
É difícil contar mais detalhes por medo de estragar uma das muitas surpresas que o filme reserva em diversos momentos. É claro que, à primeira vista, o filme parece com variações de Cloverfield: Monstro e especialmente Godzilla. Isso inclusive chegou a provocar um processo por parte da Toho (empresa japonesa que tem os direitos de Godzilla) que julgava que Colossal seria um plágio. Tudo acabou se resolvendo até porque na verdade o filme é uma grande homenagem, e não poderia ser mais diferente do que estamos acostumados a ver em histórias do famoso monstro, que aliás terá uma nova superprodução em 2019, com Kyle Chandler e Vera Farmiga.
Fiquei feliz também de ver Anne, que estava grávida na época das filmagens (repare nos casacos largos) e Jason Sudeikis saindo de suas zonas de conforto, e fazendo papéis totalmente diferentes do que estamos acostumados a ver. Mas, no final, não é isso que esperamos do cinema? Ver algo inesperado, que com certeza não veríamos em nosso dia a dia? Colossal é beeem isso!