Antes de fazer a crítica de Midsommar: O Mal não espera a Noite, que estreou essa semana nos cinemas, já aviso. Ou as pessoas amam, ou odeiam. Creiam que é difícil ter um meio termo. Eu simplesmente adorei! Já faz tempo que venho ouvindo comentários do filme, que estreou faz um tempo nos Estados Unidos. Fiquei muito curiosa, apesar de não ser grande fã de Hereditário, o filme anterior do diretor Ari Aster (acho longo demais). À primeira vista , tive medo que Midsommar sofresse do mesmo problema, afinal têm duas horas e meia de duração. Mas quer saber? Quando o filme terminou, a sensação foi de dizer “Já?”.
Tudo começa deixando bem claro que o casal Dani (Florence Pugh) e Christian (Jack Reynor) tem um relacionamento prestes a desmoronar. Até os amigos dele dizem que ele tem que terminar o namoro. Mas depois que uma tragédia familiar os mantém juntos, Dani praticamente convida-se para se juntar a Christian e seus amigos em uma viagem para a Suécia. O objetivo é conhecer um festival de verão único em uma remota vila onde mora a família de Pelle (Vilhelm Blomgrem), um dos amigos. O que começa como férias despreocupadas de verão em uma terra de luz eterna logo começa a tomar um rumo sinistro. Especialmente quando os moradores do vilarejo convidam o grupo a participar de festividades que tornam o paraíso pastoral cada vez mais preocupante e visceralmente perturbador.
O inesperado de Midsommar
Midsommar não é um terror clássico, como Hereditário. Não têm sombras, nem demônios. Mas a sensação de frio na espinha com toda aquela perfeição campestre fica presente todo o tempo. Você sabe que há alguma coisa muito estranha ali. Desde um urso enjaulado no meio da vila até os olhares tipo Cidade dos Amaldiçoados entre os membros locais. Até que acontece o primeiro “evento” dos nove dias de “festa”.
Outro triunfo é a fotografia, mostrando como é difícil conceber um filme assustador com o céu azul todo o tempo. Isso, adicionada à trilha sonora imponente, ajuda a criar o clima diferenciado do filme. Quando a gente vê muitos filmes, é difícil achar algum que genuinamente surpreenda. Desde a atuação – ótima – de Florence Pugh ( seu close final é impagável), até a forma como o roteiro brinca com suas expectativas. É totalmente pertubador!
Depois de escrever o texto acima, fui olhar várias críticas por aí. Muita gente o colocava como um dos piores filmes do ano. Rsrs. Outros, como eu, o consideram um dos melhores. Só por levantar essa diversidade de opiniões, já vale a pena assistir. Vai com certeza mexer com você!
Fotos de divulgação