Quando você descobre um filme que tem no elenco Colin Firth, Jude Law, Nicole Kidman e Laura Linney, já não precisa de muito mais para ir correndo assistir, certo? E se o filme ainda é muito bom, melhor ainda. É o caso de O Mestre dos Gênios, que estreou hoje nos cinemas. É uma daquelas produções super bem-feitas, com bons personagens, com cara de quem tinha um Oscar como objetivo. Talvez não chegue lá, afinal foi lançado fora da época – dezembro – quando os favoritos ao prêmio são exibidos nos Estados Unidos. E ainda foi fracasso por lá. Mas vale a pena ser conhecido. Muito.
É uma história com personagens reais. É baseada na biografia Max Perkins: Editor of Genius, escrita por A. Scott Berg. Relata a história da relação de amizade entre o gigante literário Thomas Wolfe (Jude Law) e o renomado editor Max Perkins (Colin Firth). Ao encontrar fama e sucesso de crítica ainda jovem, Wolfe é um talento em chamas com uma personalidade difícil de lidar. Perkins é um dos mais respeitados e conhecidos editores de todos os tempos, sendo o responsável por descobrir romancistas icônicos como F. Scott Fitzgerald (Guy Pearce) e Ernest Hemingway (Dominic West). Mesmo com personalidade tão diferentes, esses dois vão desenvolver uma amizade que vai mudar a vida de ambos.
É obviamente um filme para quem gosta de livros e também para aqueles que adoram uma biografia. É contado de uma maneira bonita, refinada, e obviamente não tem explosões nem super-heróis. Realmente um belo trabalho do diretor Michael Grandage, com uma excelente reconstituição de época e uma belíssima fotografia, que abusa do cinza e do sépia, para refletir a época em que se passa, o início dos anos 1930.
E obviamente uma boa história é tudo que bons atores precisam para brilhar. Laura Linney e Nicole Kidman são coadjuvantes, mas tem ótimas cenas. O filme realmente é sobre a amizade dos dois homens. Colin Firth mesmo com seu jeito altivo, é sempre um ator interessante, de quem você não consegue tirar os olhos. Mas quem tem as melhores oportunidades de brilhar é Jude Law (que entrou no lugar de Michael Fassbender). Ele parece sempre a ponto de explodir com tanta energia, o que faz com que o final do filme seja ainda mais triste. Um ator que nem sempre acerta no tom, ele com certeza teria o meu voto para o melhor coadjuvante do ano.
Se você busca um belo filme, denso, sem ser cansativo, tocante, sem ser chato, O Mestre dos Gênios é uma boa opção.