Você com certeza já ouviu falar das fofocas de bastidores de Não se Preocupe, Querida. O filme, que estreia nessa quinta nos cinemas brasileiros, teve um monte de histórias que dariam um filme por si só. Teve a dispensa de Shia LaBoeuf, as ditas brigas de Florence Pugh e Olivia Wilde. Isso sem contar o romance entre Harry Styles e Olivia, que teria provocado a separação dele e de Jason Sudeikis. E ainda, quando o filme teve a sua pré-estreia em Veneza, o alegado cuspe de Harry Styles em Chris Pine (o que eu acho bem improvável). De qualquer maneira, independente das fofocas de bastidores, o filme chega aos cinemas com críticas bem controversas. Veja aqui o que achei.
Mas, primeiro, tem a história. A personagem principal é uma mulher (Florence Pugh) chamada Alice. Ela vive tranquilamente com o seu marido (Harry Styles) numa comunidade onde também vivem todos que trabalham em um empresa, Estes, também acompanhados de suas esposas, em um condomínio, em pleno anos 1950. As esposas vivem reclusas no local, onde esperam seus maridos chegarem do trabalho.
Seu dia-a-dia consiste em aulas de dança, cozinhar, limpar a casa e festas noturnas com todos que moram no local. Seus maridos trabalham no Projeto Vitória, uma cidade utópica, um projeto com o objetivo de mudar o mundo. Em meio a tudo, uma delas começa a questionar o projeto e seu objetivo, que não é falado para as esposas pelos maridos. Ao começar a questionar seu entorno, a vida perfeita de esposa e marido começam a cair em ruínas,. Especialmente à medida que os segredos da empresa do Projeto Vitória vem à tona.
O que achei do filme?
É óbvio que a primeira coisa que vem a lembrança quando você começa a assistir Não se Preocupe, Querida, é Esposas em Conflito. Para quem não conhece, é um filme de 1975, que teve uma refilmagem chamada Mulheres Perfeitas., em 2004. As mulheres vivem uma vida, alegadamente perfeita (para alguns), que obviamente há algo errado. E Alice, feita com o talento de sempre por Florence Pugh, é uma das que percebe que há problemas no paraíso. Mas o principal problema do filme é que a diretora Olivia Wilde imprime o ritmo de muitos gêneros. Desde o suspense psicológico, até o melodrama doméstico, passado pela ficção-científica. Pena que nem todos são harmônicos.
Quero deixar claro que há momentos muito bons. A fotografia, a direção de arte são sensacionais. Só que o problema é que se apresentam muitas situações, e pouco se explica. O roteiro chega a ser bem ineficiente. E pra quem já viu Esposas em Conflito, o problema é ainda mais óbvio. E ainda, a diretora insiste em apresentar de novo e de novo o dia a dia de Alice. Cansa! Mas de qualquer maneira, Florence Pugh é sempre sensacional. Chris Pine também brilha com seu charme totalmente envolvente como o idealizador do projeto. Ele é o máximo, pena que aprece pouco. Muita gente falou mal da atuação de Harry Styles. Sinceramente acho que isso tem muito a ver com o preconceito contra o jovem músico. Ele não me incomodou, e acho que funcionou muito bem.
Não creio que o filme seja “fácil” o suficiente para atrair o público do fãs de Harry Styles. E, sinceramente, acho que boa parte da audiência, irá assistir Não se Preocupe, Querida por causa das fofocas de bastidores. Pena que , no final, isso acaba sendo mais interessante que o próprio filme.