O desenho de O Rei Leão é um dos maiores sucessos da história da Disney. Não só porque há 25 anos atrás, quando estreou, fez quase 1 bilhão de dólares no cinema. Mas na época, o mercado de vídeo vivia o seu apogeu. E o Rei Leão quebrou recordes e recordes em vários países, inclusive aqui no Brasil. O desafio de fazer um live action como a Disney vem fazendo com suas histórias de princesas era grande. Então chamaram Jon Favreau para encabeçar o projeto. Afinal, ele já tinha dirigido com enorme sucesso a nova versão de Mogli – O Menino Lobo (uma sequência já foi anunciada). O resultado, o novo O Rei Leão, chega essa semana aos cinemas.
A história
A história é a mesma. Simba é um jovem leão, que é o herdeiro do reino de seu pai Mufasa. Quando uma tragédia acontece, provocada pelo tio malvado de Simba, Scar, Simba tem que fugir. Em sua fuga, ele acaba conhecendo dois novos amigos, Timão e Pumba, que lhe ensinam a viver a vida sem preocupações. Mas o reino, agora comandado por Scar e seu bando de hienas, está em perigo. E a jovem leoa Nahla reencontra Simba, e lhe pede que salve todos os animais e o reino enfrentando seu tio.
A crítica
Muita gente discutiu o conceito de chamar esse novo O rei Leão de Live Action, já que é tudo feito por computador. Mas o ponto é que não é uma animação da forma que conhecemos, e tudo parece extremamente real. Ponto para a técnica empregada. O leãozinho Simba, quando bebê/criança é provavelmente uma das coisas mais fofas que você verá esse ano no cinema. Também a primeira sequência, com a apresentação de Simba recém-nascido para todos os animais ao som de Circle of Life, é grandiosa e emocionante. Na sessão para a imprensa era possível ouvir as pessoas fungando, e chorando de emoção.
Toda a primeira parte, com as aventuras do Simba criança, e fofa e divertida. Após a tragédia de Mufasa, o filme cai um pouco. Acaba sendo salvo pelo humor de Timão e Pumba (ótimos diálogos de Seth Rogen e Billy Eichner). Repare na homenagem à A Bela e a Fera com uma das canções – é de morrer de rir. Entretanto, o filme, que é meia hora mais longo que o desenho, não empolga tanto, especialmente no embate final entre Simba e Scar. O “romance” com Nahla também é bem fraquinho. As canções são conhecidas, mas há uma nova de Nahla, cantada por Beyoncè, Spirit, que é bonita mas não inesquecível. Ou seja, o novo O Rei Leão é legal, mas não é incrível!
E ainda…
Eu assisti o filme na versão legendada. Fiquei feliz de poder ouvir as interpretações originais de Donald Glover (Simba), Chiwetel Ejiofor (Scar), Beyoncè (Nahla), Seth Rogen e Billy Eichner (Timão e Pumba), e, é claro, James Earl Jones. Com aquela voz inconfundível, ele é o próprio rei, repetindo a atuação como Mufasa, no desenho de 1994. Mas, é bom ressaltar que a Disney sempre trata com grande respeito as dublagens de seus grandes clássicos. Na versão em português poderão ser ouvidos a cantora Iza (Nahla), o ator Ícaro Silva (Simba), João Acaiabe (Rafiki), Graça Cunha (Sarabi), Robson Nunes (Kamari), entre outros.
E é claro que para todos aqueles que tem uma memória afetiva fortíssima com relação ao desenho, o filme será recebido com carinho. Deve lucrar muuuitoo na bilheteria. Confesso que O desenho do Rei Leão não está entre meus favoritos, assim como Aladim. Mas devo dizer que se for para ver a nova versão de algum deles de novo, eu não hesitaria de escolher Aladim.
Fotos de divulgação