Não sou jogadora. Nem de games, nem de cartas, nem de futebol (rs). Mas é claro que já tinha ouvido falar no game Warcraft, super famoso e bem antigo (para os padrões de games, claro. É de 1994). Só que não tinha ideia do que se tratava, qual a história, até começar a pesquisa para o filme, e assisti-lo. Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos, que estreia hoje nos cinemas, deverá agradar ao público fã do jogo, além de adolescentes que curtem filmes com lutas, universos mágicos, etc. Minha opinião? Não é bom, mas também não é ruim. Mesmo com duas horas e seis minutos, ele não me cansou.
Dirigido pelo filho de David Bowie, Duncan Jones, Warcraft mostra o pacífico reino de Azeroth, que está à beira de uma guerra. Eles estão prestes a enfrentar uma invasão de guerreiros Orcs, que fogem de seu território destruído através de um portal que se abre para conectar esses dois mundos. No meio dessa história, os dois lados tem os prós e contras, além do mago Medihv, com grandes poderes, que poderá mudar o rumo da história.
O “mocinho” do filme é feito por Travis Fimmel, da série Vikings do lado dos humanos. Entre os Orcs, o “mocinho” (sim, eles também têm!) é Toby Kebbell, o Dr. Doom, da terrível refilmagem de Quarteto Fantástico . Mas é impossível reconhecer qualquer dos atores que fazem os Orcs, isso porque foi usado o sistema de motion capture (o mesmo de Gollum, Planeta do Macacos, King Kong etc. ). A exceção é Paula Patton que faz uma mestiça de Orc com humano (mas falar com aqueles dentes falsos deve ter sido um tremendo incômodo). No elenco, o desafio vai ser reconhecer a participação especial e não creditada de Glenn Close como Alodi. Será que a ideia é que ela apareça nos possíveis futuros filme de uma trilogia? Ou será que ela é amiga de alguém e fez esse favor?
Em alguns momentos a fotografia/cenografia incomoda um pouco. Isso porque parece que reciclaram os cenários de O Senhor dos Anéis. Levaram até os anões, que pouco tem a fazer, pelo menos nesse primeiro filme. A sensação é que Frodo poderia passar por ali a qualquer momento. Rs! A história tem várias referências, e o roteiro é lotado de soluções que você tem a mais absoluta certeza que será daquele jeito antes mesmo que aconteça. É claro que “aquele” personagem vai morrer, é claro que “aquele” vai tomar aquela atitude. Mas, se você está lá só para se divertir, isso nem incomoda tanto.
O desfecho das várias histórias abre o caminho para sequências. Inicialmente, achava-se que o filme ia ser ruim de doer (tipo Quarteto Fantástico), mas no final não é. Nos países onde foi lançado na semana passada, fez bons números. Ou seja, pode até ser que venha mais Warcraft por aí. E quer saber? Meu lado sentimental (e nem um pouco analítico) até quer saber o que vai acontecer com esses personagens. Prazer com culpa (guilty pleasure) total!! Rs!