Eu gosto muito de Zac Efron. Não só pela razão óbvia (ele é lindo!), mas também porque é bom ator e uma figura muito simpática nos filmes. Houve um momento em que parecia até que ele queria se firmar como ator dramático, em filmes como Obsessão (2012) e JFK – A História não contada (2013). Só que, aparentemente, ele desistiu desse caminho. Suas escolhas mais recentes são muito parecidas. Comédias, filmes para adolescentes, com um humor quase sempre bem rasteiro. Desde o sucesso de Vizinhos (que vai ganhar um sequência em breve) até o fracasso retumbante de Música, Amigos e Festa (que nem era tão ruim assim) , ele quer claramente atingir um público bem jovem que não quer pensar muito quando vai ao cinema. Esse é o caminho também de Tirando o Atraso, que estreou hoje nos cinemas.
É óbvio que a oportunidade de trabalhar com Robert DeNiro deve ter sido um fator importante na escolha do projeto. Os dois estão ótimos juntos, com grande química e um bom timing de comédia. No filme, Zac é um jovem advogado, que perde a avó nas vésperas de seu casamento com uma riquinha irritante (Julianne Hough). Atendendo um pedido do avô (De Niro), ele resolve levá-lo de carro para uma determinada cidade para jogar golfe, respeitando uma tradição familiar. Só que o avô na verdade tinha outros planos, que incluem transar, beber e se divertir numa cidade no caminho chamada Daytona. O principal objetivo, entretanto, é fazer o rapaz travado viver um pouquinho antes de seu casamento, inclusive retomar contato com uma colega de colégio (que obviamente é perfeita para ele).
Qualquer um que já tenha visto um road movie, já vai saber exatamente todos os passos do roteiro. A grande diferença de Tirando o Atraso é que ele não poderia ser mais politicamente incorreto. Bebidas, drogas, corrupção, bullying, mentiras e baixarias em geral. Nunca pensei em ouvir tanto absurdo saindo da boca de um ator tão respeitado como Robert de Niro. Até Jake LaMotta ficaria vermelho!
Mas quer saber? Em tempos tão chatos de politicamente correto, o filme me fez dar muita risada. É o conhecido “prazer com culpa”. Rs! O filme é tão ruim, tão baixo, que você nem consegue acreditar. Mas é muuuuito engraçado. Se você não tiver problemas com a baixaria total, vai se divertir. E meninas, um atrativo a mais é que você nunca viu Zac Efron desse jeito antes… Com tão pouca roupa, só com uma abelhinha para contar história. Ah… vale a pena, sim!