Gostei muito do filme anterior do diretor J.C.Chandor, o pouco visto Até o Fim. Aquele que acompanha Robert Redford sozinho num barco à deriva. Ele consegue manter a atenção e a tensão todo o tempo. Agora, em O Ano mais Violento, que estreia este fim de semana (2) nos cinemas, o diretor escolheu um caminho muito diferente. Ele faz uma clara homenagem aos filmes de máfias de Nova York dos anos 70 e 80. E o resultado é bem interessante.
O filme é centrado na vida do empresário do ramo de gasolina, Abel Morales (Chris Isaac) e de sua esposa Anna (Jessica Chastain). Eles estão tentando expandir os negócios e capitalizar oportunidades em meio ao inverno nova-iorquino de 1981, estatisticamente um dos anos mais violentos na história da cidade. Mas alguns roubos podem acabar com a vida de ambos. Decadência, corrupção e mentiras de todos os lados são seus maiores adversários para evitar que tudo o que construíram entre em colapso.
O filme começou forte na temporada de premiações ao ganhar o National Board of Review de melhor filme, ator e atriz. Jessica ainda foi indicada ao Globo de Ouro. Mas acabou perdendo a força e não conseguiu sequer uma indicação para o Oscar. Jessica ainda não conseguiu me convencer que é essa atriz tão boa, que concorre/ganha tantos prêmios. Tem um rosto interessante e é correta, mas nada mais que isso. Mas foi ela quem indicou Oscar Isaac para o papel de Abel depois que Javier Bardem desistiu devido a “diferenças criativas” com o diretor. Ele é uma presença e tanto. Além de charmoso (veja só a foto abaixo!!), consegue passar o quase ponto de ebulição de um homem determinado a vencer na vida de forma correta. Em outros tempos, seu papel seria de Al Pacino. O estilo de ambos é muito parecido.
Eu recomendo O Ano mais Violento. É um filme diferente do que nos acostumamos a ver recentemente. Mas parece um velho conhecido de outros tempos, daqueles que dá prazer em reencontrar. E ainda ser capaz de se surpreender.
Abaixo o diretor J.C.Chandor e seus astros na pré-estreia do filme
Liliane Coelho
1 de abril de 2015 às 4:02 am
Oscar Issac é um ótimo ator! Estar ótimo naquele filmes dos Coen, Inside Llewyn Davis, e deve merecer todos os elogios nesse novo trabalho. Uma hora ele emplaca no Oscar com toda certeza! Qt a Chastain, gosto da moça, a acho talentosa. Mas concordo que há um pouco de exagero em cima dela. Acredito que seja por uma necessidade de preencher a vaga de "estrelas novas e talentosas", o que é sempre difícil de se achar. Mas ela tem já ótimos momentos, principalmente, para quem só começou a estourar agora e nossa como essa moça trabalha! E sempre escolhe trabalhos interessantes e diferentes (só em 2014 foram 4!). Ouvi muito ela foi uma injustiçada no Oscar desse ano, que devia ter concorrido como coadjuvante. A julgar por Interestellar e Dois Lados do Amor (os útlimos trabalhos dela a estrear por aqui), há razão nisso.
Eliane
1 de abril de 2015 às 12:45 pm
Até agora a melhor atuação de Chastain para mim foi em Interestelar. Com certeza, ela trabalha bastante. Mas ainda não me convenceu que merece todos esses prêmios e indicações. No futuro, quem sabe…