Eu estava muito entusiasmada para assistir A Garota no Trem, que estreia esta quinta nos cinemas. Eu não li o livro best-seller de Paula Hawkins, que ficou 15 semanas como o mais vendido segundo o New York Times. Mas os trailers, a sinopse e o elenco me faziam crer que o filme seria uma variação de Janela Indiscreta, por exemplo. Alguém solitário testemunha um assassinato de uma janela e parte para investigar. O filme é isso também, mas o problema, no meu ponto de vista, são os personagens irritantes, que tem reações absurdas frente às situações.
A Garota no Trem do título é Rachel (Emily Blunt, que estava grávida de sua segunda filha durante as filmagens), uma mulher que sofre as dores de um divórcio recente, bebendo além da conta. Acostumada à sua rotina solitária, ela passa o tempo a caminho do trabalho fantasiando sobre um casal aparentemente perfeito que vive em uma casa próxima ao trilho por onde seu trem passa todos os dias. Só que numa manhã, pela janela do trem, ela vê algo surpreendente acontecer, e se torna parte de um mistério ainda sem explicação, quando a mulher que ela admirava , desaparece.
O filme segue na verdade a história de três mulheres. Além de Rachel, também são parte importante na história Megan, feita pela interessante Hayley Bennett (de Sete Homens e um Destino), que entrou no lugar de Kate Mara (não dá para imaginar todos esses homens da história interessados por Kate Mara!); e ainda de Anna (a linda Rebecca Fergunson de Missão Impossível: Nação Secreta), atual esposa do ex-marido de Rachel, Tom, interpretado por Justin Theroux (em papel que seria de Chris Evans, que desistiu por problemas de agenda). O mesmo aconteceu com Jared Leto, que teve que deixar a produção como o marido de Megan, Scott, que acabou nas mãos de Luke Evans.
Ou seja, vários grandes atores no elenco. O filme ainda tem Laura Prepon, Allison Janney, Edgar Ramirez e Lisa Kudrow. Eles tentam tirar leite de pedra com uma história tão previsível – na metade você já percebe quem é o culpado – e as personagens femininas são tão chatas e ralas, sem um único objetivo além de homens e filhos. Me senti nos anos 50. Emily Blunt, principalmente, uma atriz tão boa, se esforça mais que todos tentando dar credibilidade ao personagem principal, mas ele é tão tonta, que nem a melhor amiga aguenta.
Pode ser que os fãs do livro achem o filme interessante. Pode ser que vai ter gente que vai se surpreender. Mas eu realmente me senti incomodada com tantas bobagens e as atitudes dessas mulheres. Deu uma preguiça!