Nessa época do ano, sempre são lançados vários filmes com o tema tanto no cinema quanto na TV. Na Netflix não é diferente. E um deles, O Príncipe do Natal, está dando o que falar. O filme, é sobre uma jornalista americana que consegue a chance de sua vida ao ser chamada para cobrir a volta de um príncipe ao seu pequeno país na Europa, e claro, acaba se apaixonando. Ele foi motivo de matérias e críticas por causa de um tweet da Netflix americana que dizia o seguinte: ” Para as 53 pessoas que viram O Príncipe do Natal todos os dias nos últimos 18 dias. Quem machucou você?”
O tom irônico do tweet é algo comum na comunicação da empresa. Mas o que as pessoas ficaram comentando é sobre o como é assustador a quantidade de informação que a Netflix tem sobre seus usuários e especialmente no caso, a forma como isso foi usado para “brincar” com os gostos pessoais de seus assinantes. Eu sinceramente achei o tweet infeliz, mas será que alguém achava que a Netflix não tinha acesso a toda essa informação, que é primordial para conhecer seu público?
Eu assisti o filme, e ele é aquele tipo de historinha boba e romântica, comum em canais como Lifetime e Hallmark que conquista o público. Os roteiristas pegaram todos os clichês e pedaços de histórias de vários filmes do gênero, inclusive sucessos como O Diário da Princesa, Um Príncipe em Minha vida, Para Sempre Cinderela, Um Príncipe em Nova York, entre outros. A produção é um tanto pobrezinha, o roteiro mostra o jornalismo de uns 30 anos atrás, mas isso não é tão perceptível, já que o romantismo “para meninas” acaba envolvendo o espectador, e divertindo. Ainda mais nesses tempos em que, na vida real, o príncipe Harry resolveu se casar com um plebeia americana e divorciada, a atriz Meghan Markle.
O elenco não é tão conhecido. No papel principal está Rose McIver, de IZombie (também disponível na Netflix), enquanto o príncipe (que realmente parece um príncipe) é feito por Ben Lamb, da série White Queen. Além deles, é incrível descobrir Sarah Douglas, a Ursa de Superman 2, praticamente irreconhecível como a Sra. Averill, e ainda Alice Krige, que estrelou recentemente The OA, como a Rainha Helena.
No final, o filme é fofo, um daqueles “prazeres com culpa” que a gente acaba lembrando de vez em quando. É uma boa opção para ver em família, nessa época, especialmente se você tem meninas em casa.