Eu simplesmente adoro um bom romance adolescente. Acho que as emoções são sempre tão especiais e tão verdadeiras que embarco sempre sem reservas. Mas, é claro, sei reconhecer filmes bons e diferenciá-lo dos fracos. Tudo e Todas as Coisas, baseado no best-seller de Nicola Yoon, está entre os bons. Cheguei no cinema achando que veria mais um clone de Escrito nas Estrelas, e descobri que não poderia estar mais errada. O filme, que estreou nos cinemas esta semana, tem o seu próprio drama, e também um final bonito e satisfatório.
Maddy é uma jovem de 18 anos que não pode tocar absolutamente coisa alguma no mundo. Ela também não pode respirar ar fresco, sentir o sol quente em seu rosto e especialmente não pode beijar seu vizinho gatinho. Tudo e Todas as Coisas mostra essa improvável história de amor de Maddy, uma garota inteligente, curiosa e cheia de imaginação, vítima de uma doença raríssima que a impede de abandonar a proteção do ambiente hermeticamente fechado no qual vive dentro de sua casa, e Olly, o vizinho da casa ao lado que não está disposto a deixar que a condição de Maddy os afaste um do outro. Logo os olhares trocados apenas pelo vidro das janelas e as conversas por mensagens de texto criam um profundo laço entre Maddy e Olly, o que os leva a arriscar tudo para ficarem juntos.
Adorei a bela história de amor, e também os personagens. Fortes, decididos, apaixonados. O filme tem a delicadeza de ser uma história de amor que em momento algum menciona o fato dos dois serem de raças diferentes, algo tão difícil de encontrar no cinema americano. São simplesmente dois apaixonados, independente de raça, idade, religião. Isso torna ainda a história mais bonita. Maddy, feita por Amandla Stenberg (Sleepy Hollow, Jogos Vorazes) é forte e decidida, mesmo com as impossibilidades de sua condição. Nick Robinson (Jurassic World), que faz Olly, é lindo, fofo e apaixonante. O único ponto que me incomodou foi realmente, por incrível que pareça, a peruca da mãe de Maddy. Feita por uma atriz conhecida e premiada, Anika Noni Rose, vista recentemente como a agente Liz Babbitt em Bates Motel, ela parece não conseguir nem se mexer direito com medo de soltar o cabelo tão claramente falso. Uma pena!
Com uma linguagem moderna, uma bela cenografia e atores fofos, é um daqueles filmes para meninas românticas. Afinal, mesmo que o tempo passe, você nunca deixa de ser uma delas!