Aqui no Brasil acabamos não dando muita importância para as olimpíadas de inverno. Afinal, os esportes de neve são algo muito distante de nossa realidade. Talvez por isso, eu ( e muito mais gente) nunca tenha ouvido falar de Eddie The Eagle. Este personagem da vida real tinha tudo para ser um perdedor acomodado, mas foi atrás de seu grande sonho: participar de uma Olimpíada. Essa sua história tão diferente, com muitos momentos divertidos, e outros bem emocionantes, é o tema de Voando Alto, uma boa opção “sessão da tarde”, que estreou esta semana nos cinemas.
Eddie Edwards, mais conhecido como Eddie The Eagle, o mais famoso atleta de esqui da história britânica. O filme retrata desde sua infância, quando teve problemas na perna, até sua obsessão em tornar-se um atleta olímpico. Para isso, ele não mede esforços, para conseguir se inscrever, mesmo contra o comitê olímpico inglês, seu pai e até outros atletas. Seu jeito simples e divertido acaba convencendo um desiludido ex-campeão, especialista em saltos de esqui a ajudá-lo a conseguir um lugar na equipe inglesa que vai para os Jogos de Calgary. Um destaque são as cenas de saltos. Dá pra sentir medo, mesmo!
Como o treinador, Hugh Jackman conquista na hora com seu conhecido charme. Mas ele está muito bem como ator. Preste atenção na sua cena com Christopher Walken (em uma participação especial). É realmente emocionante! Mas o filme pertence mesmo a Taron Egerton, com louvor. Ele já tinha provocado uma boa impressão em Kingsman: Serviço Secreto. No início fiquei um pouco incomodada com seus cacoetes, especialmente com a boca. Mas depois de ver as cenas no final, com o verdadeiro Eddie, percebi que aquilo era uma parte integral do personagem real.
O filme não foi bem nos Estados Unidos, onde estreou no final de fevereiro, e rendeu somente 15 milhões. Considerando que só o custo de produção foi de 23 milhões, espera-se que a bilheteria da Europa (o filme estreou em vários países esta semana, inclusive na Inglaterra) ajude a melhorar o seu resultado. Voando Alto merece!