Os críticos americanos amaram. Praticamente todas as premiações sobre os melhores de 2016 incluíram Manchester à Beira-mar, que estreia esta semana nos cinemas, em suas listas. Muitas vezes ganhando como o melhor filme do ano. É claro que é um bonito filme, mas não consegui ver esse “algo” tão especial que transformou esse pequeno drama em um dos favoritos da temporada de premiações. Isso sem falar em Casey Affleck no papel principal…
No filme, ele é um zelador de um prédio em Boston que recebe a notícia da morte de seu irmão (vivido pelo ótimo Kyle Chandler). Com isso, ele tem que voltar para sua pequena cidade natal, rever a família, os amigos, a ex-mulher, além de enfrentar os fantasmas de seu passado. Mas a surpresa maior vem quando ele descobre que se tornou o responsável pelo sobrinho adolescente (o bom Lucas Hedges).
O filme começou como um projeto pessoal de Matt Damon, que iria dirigir e estrelar, mas como as filmagens de Perdido em Marte se estenderam mais do que o previsto, ele teve que entrar somente como produtor. Assim ele chamou o diretor Kenneth Lonnergan, com quem já tinha trabalhado em um pouco conhecido filme de 2011 chamado Margaret, e para o papel principal, o irmão de seu BFF, Ben Affleck, Casey Affleck.
Para mim, Casey Affleck sempre foi um péssimo ator, sempre com o mesmo jeito travado e cara de que não está ali em tudo o que faz. Concordo que Manchester à Beira-mar é seu melhor momento no cinema, mas isso é muito pouco para ganhar todos os prêmios, e até mesmo concorrer a eles. No filme, ele só tem uma boa cena, a que ele e Michelle Williams, um ex-casal, conversa no meio da rua. De resto, faz exatamente a mesma cara de sempre. Talvez as pessoas achem tão incrível porque não conhecem a fundo a sua carreira. Lembra dele em Onze Homens e um Segredo? Não? Não me surpreende.
Michelle Williams é outra que faz pouco no filme. Também ela só tem uma grande cena, a mesma, da conversa no meio da rua. Não suficiente para todo esse deslumbramento dos críticos. No final, para mim pareceu uma história com pouco sentimento envolvido, mesmo o sofrimento dos personagens parece frio e distante, assim como a felicidade nos momentos de flashback. Não me emocionou, não me fez querer saber mais sobre esses personagens. Simplesmente vi, achei ok, e saí do cinema sem a menor vontade de indicar para alguém.