A gente já viu um monte de filmes sobre vingança da perda da pessoa amada. Claro, Desejo de Matar vem à mente, mas não podemos esquecer A Justiceira, com Jennifer Garner, e tantos outros. Inclusive um filme de 1981 chamado Operação Vingança com o esquecido John Savage. O filme foi baseado em uma história de Robert Littell, que foi o roteirista do filme de 1981, e depois escreveu um livro baseado nessa história. Operação Vingança ganhou uma refilmagem numa superprodução estrelada por Rami Malek, que chega essa semana aos cinemas. É um bom filme, mas poderia ser um pouco mais curto que suas 2h03m.
Após a trágica morte de sua esposa (Rachel Brosnaham) em um ataque terrorista em Londres, Charles Heller (Rami Malek), um criptógrafo altamente capacitado da CIA, se vê frente a uma situação cruel. Isso porque a agência não está disposta a agir, devido aos seus próprios interesses. Desesperado por justiça e com uma dor pela perda, Heller toma uma decisão radical. Ele chantageia seus superiores para ser treinado como um agente de campo para, assim, poder perseguir os responsáveis pelo atentado por conta própria. Assim, Heller se infiltra em um sombrio universo de espionagem e terrorismo internacional. À medida que se aprofunda na trama de conspirações e traições, ele percebe que seus próprios aliados podem ser tão perigosos quanto seus inimigos.
O que achei?
É interessante ver que o filme, apesar de eficiente, me parece mais um veículo para Liam Neeson, rsrs. E mesmo assim, o projeto atraiu muita gente boa, relegada a apenas alguns minutos em cena. Veja só: Jon Bernthal, Julianne Nicholson, Michael Stuhlbarg, Adrian Martinez. E ainda teve aqueles que tiveram um pouco mais de importância na história, como Laurence Fishburne, Holt McCallany e ainda Caitriona Balfe (de Outlander).Realmente me deixou intrigada, rsrs.
É claro que o filme tem uma história interessante, apesar de um pouco batida. É um pouco de Jason Bourne, um pouco de Desejo de Matar, e até um pouco de Jack Ryan (sem falar de McGyver, rsrs). A forma como Charles Heller concebe seus planos é inteligente – apesar de deixar alguns buracos na história em alguns momentos. Mas há momentos bons como a explosão da piscina, e um até divertido como quando ele tenta abrir a porta com a ajuda de um vídeo. O final, um embate entre dois atores, também é bom. mas o filme poderia facilmente ter uns quinze minutos a menos.
Sempre acho que Rami Malek é um ator estranho, com exceção de Bohemian Rhapsody (acho que são seus olhos esbugalhados). Normalmente não gosto dele acho que faz sempre o mesmo papel. Aqui, entretanto, ele até funciona. No início, até acho que ele está muito nerd demais, mas depois funciona. E com isso, Operação Vingança também funciona.
PS – Repare na florista que conversa com Charles em Paris. É a veterana Marthe Keller, que participou da primeira versão de Operação Vingança. Continua linda!
