Tem muita gente que eu conheço que odeia terror. Eu gosto muito. Mas, quando já se viu tantos filmes do gênero como é o meu caso, fica mais difícil de realmente se assustar com um deles. Pelo que me lembro, o último que me fez dar pulos na cadeira – e pensar nele à noite no escuro, rs – foram os dois Invocação do Mal. Outros dão um sustinho aqui, outro ali. Mas fui com esperança ver Exorcismo Sagrado, que estreou hoje (10) nos cinemas. Mas…
Peter Williams (Will Breinbink, de It 2) é um padre que trabalha no México. Ele acabou sendo possuído por um demônio que tentava expulsar. Com isso acaba cometendo um terrível sacrilégio. Dezoito anos depois, a vida está boa para o padre. Ele é adorado por sua comunidade que o considera um santo. Só que as consequências de seu pecado voltam para assombrá-lo. E isso vai desencadear uma nova grande batalha contra o mal.
O que achei de Exorcismo Sagrado?
O filme começa bem. Tem homenagens ao clássico O Exorcista. Aliás, um parêntese aqui, se nunca viu, veja, esse assusta de verdade. Está na HBO Max. Mas, voltando a Exorcismo Sagrado. E tem algumas cenas boas que fizeram as pessoas da sessão onde eu estava se assustarem. Mas, depois de um tempo, o diretor Alexandre Hidalgo acaba se perdendo. Ele tenta enfiar de tudo um pouco na história. Crítica social, crítica à igreja católica, novelão, e até humor. Esse chega pelo personagem do Padre Michael, a melhor coisa do filme. Os fãs de Um maluco no Pedaço vão se lembrar do ator Joseph Marcell como o mordomo Geoffrey.
A coisa descamba quando os padres vão tentar fazer o exorcismo dentro da prisão. Aí vira trash total. Impossível não dar risada quando tentam parar as detentas possuídas. Ou seja, não funcionou. Pelo menos para mim, que já vi muito disso antes, e feito de maneira muito melhor. Para quem se impressiona mais facilmente, com muito boa vontade, pode até ser interessante.