O filme vem sendo muito esperado. Boa parte da crítica amou. Mas será que o novo Batman, que estreia nos cinemas nessa quinta é tudo isso? Eu assisti o filme numa sessão lotada para a imprensa . E o filme tem algumas coisas bem boas – Robert Pattinson como Batman é uma delas. Mas, sob o meu ponto de vista, tem alguns problemas.
O filme segue o segundo ano de Bruce Wayne (Robert Pattinson) como o herói de Gotham, causando medo nos corações dos criminosos. Ele tem apenas alguns aliados de confiança – Alfred Pennyworth (Andy Serkis) e o tenente James Gordon (Jeffrey Wright). Contra a rede corrupta de funcionários e figuras importantes da cidade, o vigilante solitário se estabeleceu como a única personificação da vingança entre os cidadãos. Só que ele se envolve num jogo de gato e rato ao investigar uma série de maquinações sádicas. Tudo com uma trilha de pistas enigmáticas, que revelam que Charada está por trás de tudo. Só que ele descobre uma onda de corrupção que envolve o nome de sua família. Conforme as evidências começam a chegar mais perto de casa, Batman terá que desmascarar o culpado e o abuso de poder e a corrupção que há muito tempo assola Gotham City.
Começando pelos pontos positivos.
Robert Pattinson é um ótimo Batman. Ele incorpora o dark side do homem morcego completamente. Aparece pouco como Bruce, mas consegue passar todo o conflito interno do personagem. Adorei! A direção de arte escura, deprimente, lembra o clima destruído dos quadrinhos. Jeffrey Wright é um bom detetive Gordon, e Zoe Kravitz, apesar de pequena demais para certas lutas, funciona como Selina Kyle. Ela e Robert tem boa química juntos.
Aliás, o filme opta por colocar os vilões conhecidos de filmes e quadrinhos mais naturais. Desde as roupas, até a caracterização como conhecemos desde sempre. Foi uma jogada audaciosa, mas que diferencia e deixa o público intrigado. Colin Farrell faz um Pinguim bem Robert de Niro. É interessante de ver , apesar do personagem não ser o gênio do crime como o conhecemos. Ele é responsável por alguns dos pouquíssimos momentos um pouco mais divertidos do novo Batman. Isso porque o filme não é de super-herói, e sim uma história de detetive.
Mas também tem os problemas…
Isso poderia ser bem interessante, mas o roteiro inclui personagens demais. A sensação é que os roteiristas pensaram em agradar os fãs de quadrinhos incluindo mais e mais personagens que, em algum momento, tiveram a ver com a história. Misturam ainda um pouco ingredientes de Zodíaco, O Colecionador de Ossos e Seven- Os Sete Pecados Capitais. Há momentos em que a maioria das pessoas pode ficar confusa com a quantidade de nomes, e com a história do “rato”.
E, é claro, há o problema de um vilão fraco. O Charada de Paul Dano é cansativo. A cena de enfrentamento dele com Batman me deu sono, confesso. O sub-vilão Carmine Falcone, feito por John Turturro, também não convence. E claro, a duração. O filme tem três horas. Tem poucas cenas de ação memoráveis, e diversas vezes soa repetitivo.
E no final…
De qualquer maneira , Batman é um personagem tão popular, que é bem provável que o filme seja um enorme sucesso. Ficam claras também as intenções de construir uma franquia. E #ficaadica: como é muito escuro, é um filme que tem que ser visto na tela grande. Se já foi difícil aguentar assim, imagine numa tela pequena.