Sempre digo que tenho um carinho especial pelos filmes da franquia de O Exterminador do Futuro. Não só porque acho o original simplesmente brilhante – está na lista dos meus Top 10. Mas também trabalhei no lançamento do segundo, O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, há alguns milhões de anos atrás. Gosto também dos outros três: A Rebelião das Máquinas, A Salvação e sim, até de Gênesis, que foram massacrados pela crítica. Dessa forma, estava esperando muito o lançamento de O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, que chega essa semana aos cinemas.
A nova aventura vem com um diferencial. É o primeiro desde O Julgamento Final que traz o envolvimento de James Cameron (que produziu e escreveu a história central), e de Linda Hamilton (a verdadeira Sarah Connor). Com isso, os três filmes anteriores são esquecidos, e Destino Sombrio torna-se uma continuação de O Julgamento Final. Também é uma óbvia homenagem a Linda Hamilton, que numa determinada época foi casada com James Cameron. A sua entrada em cena é de estrela maior.
A história é conhecida. Dois seres chegam pelados do futuro, obviamente um bom e outro mal. Os objetivos também logo são percebido. Um quer matar uma jovem enquanto o outro quer salvá-la. Só que o novo exterminador do futuro é aperfeiçoado, e quando tudo parece perdido, chega Sarah Connor poderosa para salvar todo mundo. Arnold Schwarzenegger também volta como o Exterminador, mas é uma participação especial, e bem estranha, diga-se de passagem. Ele só aparece na parte final do filme.
Enquanto isso, a gente acompanha a fuga de Dani (Natalia Reyes), uma mexicana que trabalha na indústria, protegida por Grace (a sempre ótima Mackenzie Davis), que veio do futuro. O novo Exterminador, super aperfeiçoado, que também chegou do futuro para matá-la é feito por Gabriel Luna.
Os prós e os contras
Sim , eu gostei do filme. mas sei reconhecer os prós e contras. Entre os prós, a presença de Linda e Arnie, que continuam a ter uma química ótima. As cenas de ação também são muito boas, e estão lá desde o primeiro momento. O apelo visual, garantido pelo diretor Tim Miller (o mesmo de Deadpool), também funciona. Também repare na cena de um momento do passado, com os jovens Linda, Arnie e o garoto Edward Furlong. É perfeita!
Mas algumas coisas me incomodaram. O conceito idêntico ao dos dois primeiros filmes, com a chegada dos dois seres do futuro. As três mulheres fugindo juntas – não precisamos de mais ninguém – , ainda mais que “a escolhida” foi uma latina, me pareceu seguir uma receita de “vamos agradar pelo politicamente correto”. Nada contra, o problema é quando tudo parece forçado demais. Além disso, há um determinado momento em que você cansa de ver praticamente as mesmas cenas com as tentativas de destruir o exterminador super invencível. Nada funciona do mesmo jeito sempre. Além disso, com suas duas horas e oito minutos, o filme poderia diminuir em pelo menos em 20 a sua duração.
De novo, eu gostei do filme. Como sempre digo, há uma visão da crítica e uma visão da fã. Ver Sarah Connor e o velho T-800 juntos traz uma nostalgia que só quem cresceu vendo os primeiros filmes dos dois pode entender. Pode ser que aqueles que estão tendo o primeiro contato com a franquia possam achar tudo um tanto velho. E talvez esteja. Afinal, James Cameron já anunciou que esse será o último filme. Provavelmente é uma boa ideia a gente se despedir aqui, com uma homenagem para Linda Hamilton e Arnold Schwarzenegger.
Fotos de divulgação