Gosto muito do primeiro Independence Day, lançado há 20 anos. Sempre que ele é exibido na TV, dou uma paradinha para acompanhar. Acho divertido, emocionante e, por mais que digam que é americanista, adoro o discurso de Bill Pullman como o presidente, chamando todos para lutar. Como todo o mundo, tive muito medo do que poderia vir com a sequência Independence Day: O Ressurgimento, que estreia esta semana nos cinemas. Depois de assisti-lo posso afirmar que, sem sombra de dúvida, ele é bem inferior ao primeiro. Mas é ok, tem algumas boas cenas, que funcionam bem em 3D, alguns personagens pelos quais todos nós temos um certo carinho, e ainda o lindinho Liam Hemsworth.
20 anos se passaram também na história. O mundo mudou e agora as nações da Terra têm colaborado em um programa de defesa para proteger o planeta. Isso inclui mesmo uma estação espacial, onde o jovem piloto Jake Morrison trabalha. Só que alguma está acontecendo, e os alienígenas estão voltando, prontos para destruir tudo. Com isso, velhos heróis como o presidente Whitmore e o estudioso David Levinson têm que voltar à ativa para conseguir derrotá-los novamente.
Muito se falou na época do início da produção sobre a ausência de Will Smith, que teria pedido 50 milhões para dois filmes. Sim, porque o final já deixa claro a intenção de mais uma sequência. Mas o personagem de Will, o capitão Steven Hiller, não foi esquecido. Aparece em fotos, quadros e também é lembrado pela aparição de Jasmine Hiller (Vivica A.Fox), sua mulher no primeiro filme, e Jessie T. Usher como a versão crescida do garotinho Dylan. Com ele, junta-se ao núcleo jovem Maika Monroe como Patricia Whitmore , a filha do presidente que era também pequena no filme anterior. Na época, ela foi interpretada pela atriz Mae Whitman, que nem foi convidada para assumir o papel novamente, provocando alguns protestos na internet. Agora, a garota deixou para trás seu sonho de ser piloto para ficar perto do pai, e trabalha na Casa Branca. Ela está noiva de Jake (Liam Hemsworth), que é o grande astro do filme.
E, é claro, os representantes da velha guarda também brilham. Bill Pullman começa o filme velho e enfraquecido, mas também é obvio que conforme o perigo cresce, ele terá novamente seu momento de herói. Jeff Goldblum continua divertido com seu jeito nerd, mas Margaret Colin, que fazia a ex-mulher com quem ele se reconciliava no final, simplesmente não é nem mencionada. O seu interesse amoroso da vez é a francesa Charlotte Gainsbourg, que parece mais perdida do que cego em tiroteio no meio de uma grande produção com essa. E o melhor de todos continua sendo Judd Hirsch, como Julius, pai de David. Para mim é responsável pelos melhores e mais divertidos momentos do filme. Como curiosidade, repare que parece que o tempo não passou para ele.
Os efeitos dos aliens, que aparecem muito mais na continuação, são obviamente mais modernos e detalhistas. Só que o roteiro que antes era tão simples e objetivo, aqui dá voltas e mais voltas, atrapalhando o resultado final. Toda a história da bola branca, por exemplo, era bem dispensável. Não é à toa que, “diz a lenda”, Susan Sarandon recusou um papel (provavelmente o da nova presidente feita pela sempre classuda Sela Ward), porque achou o roteiro incompreensível. Rsrs, faz sentido!