Morbius era para ter chegado nos cinemas em 2020. Mas, como vários outros casos, a pandemia acabou adiando, e adiando, e adiando. O filme, que mostra um anti-herói que nos quadrinhos é rival do Homem-Aranha, chega aos cinemas nessa quinta. E já deixa claro que pretende virar franquia.
Jared Leto é o anti-herói Michael Morbius. Ele está gravemente doente com um raro distúrbio sanguíneo. Está determinado a salvar outros que sofrem do mesmo destino. É quando o Dr. Morbius arrisca tudo numa aposta desesperada, que envolvem morcegos vampiros da Costa Rica. A princípio tudo parece um sucesso absoluto. É quando surge uma escuridão que se desencadeia dentro dele, que lhe provoca novos e misteriosos desejos?
Os prós…
Bem, sempre quando um filme é tão esperado, a probabilidade de frustração é grande. Começando pelas coisas boas: o elenco. Jared Leto é ótimo como sempre. Mas faz a gente sempre imaginar que tem realmente algo de vampiro, já que não envelhece, rsrs. Matt Smith, que faz o melhor amigo Milo, chuta o balde, e deve ter se divertido horrores com os exageros do personagem. Aliás há uma piadinha no meio que nos faz lembrar seu papel em The Crown. O filme, apesar de ter praticamente sua maioria de cenas feitas à noite, tem uma fotografia bonita. E os efeitos visuais são de primeira linha. Adoro as “semitransformações” de Morbius.
…e os contras de Morbius
Entretanto o filme tem um monte de problemas. Tem um quê de antigo. Em alguns momentos me lembrou Elektra (ou seja, não é uma coisa boa, rs). E também tem pouca ação, mesmo nas cenas de ação. A luta final entre Morbius e seu inimigo (sem spoilers) é cansativa. Do tipo, “ainda não acabou” mesmo. A história segue o mesmo caminho. Ao contrário de outros blockbusters do gênero, Morbius tem menos de duas horas, ou seja, deveria ter um ritmo mais eficiente. Isso sem contar o interesse amoroso que não funciona. E pior, o final que deixa uma porta escancarada para uma sequência, mas que parece corrido. Sabe aquele final que não deve ter sido aprovado pelos executivos do estúdio, e tiveram que fazer outro correndo? É bem isso.
Assim como em Venon (há uma piadinha sobre ele), Morbius é transformado de vilão do Homem-Aranha em um herói incompreendido. Daqui a pouco não terão mais vilões efetivamente maus para enfrentar o aracnídeo no cinema, rsrs. Mas o filme tem duas cenas pós-créditos que valem o filme. E ainda deixam claro que o universo em que estamos não é o mesmo do Peter Parker de Tom Holland. Será que seria aquele que poderia trazer Andrew Garfield de volta, como há rumores correndo por aí? É esperar para ver. A pena é que Morbius, que poderia seguir uma linha de terror do MCU, acaba sendo tão frustrante. Melhor sorte no próximo!