Quando você se depara com um filme com um elenco incrível, é lógico que você se interessa em assistí-lo, não é? Assim que li quem eram os atores de Capital Humano, que será exibido hoje (18) na franquia TNT Original, na TNT, às 22h25, fiquei entusiasmada. Liev Schreiber, Marisa Tomei, Peter Sarsgaard, Maya Hawke, Alex Wolff. Quem resiste? Capital Humano é uma refilmagem do filme italiano de 2015, que tem o mesmo nome, e está disponível na Globoplay. Mas, curiosamente, ambas as história se baseiam no livro do americano Stephen Amidon, lançado em 2004.
É um suspense que começa com um acidente que mata um ciclista. Depois, durante três atos, ele segue a vida de duas famílias – uma de classe média e a outra privilegiada – que se entrecruzam quando dois de seus filhos iniciam um relacionamento. Liev Schreiber é Drew, que fica fascinado com a vida milionária de Quint (Peter Sarsgaard), o pai do namorado de sua filha. Isso o leva a investir a empresa de Quint um dinheiro que ele não tem. É óbvio que isso vai dar errado.
No segundo ato, acompanhamos a mulher de Quint, Carrie (Marisa Tomei), ex-atriz, frustrada com a vida que leva, que quer transformar um cinema antigo num centro de artes. E finalmente, no terceiro ato, acompanhamos a história de Shannon (Maya Hawke, a filha de Uma Thurman, que você já viu em Stranger Things). E também sua vida amorosa que será chave na resolução de um mistério.
A crítica
Capital Humano divide a história nessas três fases, e repete situações dos diversos pontos de vista. A primeira parte, com Liev Schreiber é chatíssima e previsível. A segunda, com Marisa Tomei, é melhor. Mas ela parece um pouco exegerada, querendo aparecer mais que o personagem. O filme começa a ficar bom somente no terceiro ato. É quando entra a história de Maya Hawke, que já provou em Stranger Things, que é uma atriz interessantíssima. É só nesse momento que lembram do cara que foi morto atropelado na primeira sequência. Eu sinceramente já tinha até esquecido disso.
Na verdade, acho que esse é o grande problema do filme. Ele enrola muito em vários momentos. É pouco objetivo. Também tem o problema de ser muito previsível. É óbvio que toda a situação do investimento do personagem de Liev Schreiber não vai dar certo. Mas aí quando o filme finalmente começa a ficar interessante, a história termina. Teria sido bem melhor se tivessem deixado de lado os adultos chatos, para ficar com Maya Hawke e Alex Wolff (Hereditário), com uma química incrível, para a gente gostar mais de Capital Humano.