Adoro filmes – e séries – de zumbis. Sim , continuo a ser fã de The Walking Dead, e uma das produções mais surpreendentes que vi nos últimos anos foi justamente um filme coreano, chamado Invasão Zumbi (se ainda não viu, assista). Então quando vi as informações sobre o filme francês com o ótimo título de A Noite Devorou o Mundo, fiquei bem entusiasmada. O filme estreia hoje nos cinemas por aqui depois de ter estreado no mercado internacional no Festival de Tribeca.
No início, tudo parece normal. Logo conhecemos Sam (o norueguês Anders Danielsen Lie), um músico francês que chega no apartamento na ex-namorada querendo reaver algumas de suas coisas que ela acabou levando na mudança. Obviamente, ele está triste com o rompimento, mas ela já está com um namorado novo. Só que depois de bater a cabeça num choque com um outro cara, ele acaba se fechando em um quarto, e apaga. Assim não ouve os gritos e todos os barulhos do outro lado da porta. Quando acorda e vê tudo destruído, Sam logo percebe que zumbis tomaram conta das ruas, e que ele pode ser o último ser humano normal do mundo. Obviamente, ele viu todos os filmes sobre o assunto que todos nós vimos, e consegue se entrincheirar no prédio, com a comida que vai buscar em todos os apartamentos.
Até esse momento, o filme é bom e funciona bem. Consegue manter o suspense e a atenção enquanto você acompanha a jornada de Sam pelos apartamentos e montando uma rotina. O problema começa depois, quando a rotina se torna insuportável tanto para Sam quanto para quem está assistindo ao filme. Nada acontece ( a não ser a cena do gato), e o filme se ressente disso. Nem mesmo com a chegada de uma nova sobrevivente, as coisas ficam mais interessantes.
No final, há um pouco mais de ação, um certo clímax, mas nesse momento você só quer que tudo acabe logo, porque simplesmente o filme se perdeu no meio do caminho. Obviamente, a ideia era boa (é baseada em um livro escrito por Pit Agarmen), mas o diretor estreante Dominique Rocher, não conseguiu decolar. A produção, os cenários, os zumbis são muito bons, melhores que a grande maioria de filmes do gênero que a gente vê por aí. Mas faltou algo. Talvez fosse o reconhecimento que poderia ter se transformado num excelente curta-metragem, em vez de um longa difícil.