Al Pacino vai fazer 75 anos na semana que vem (25). Tem uma carreira admirável, com todos os grandes prêmios e sua cota de personagens inesquecíveis. Para mim, entre os membros do clube dos “feios” que dominaram o cinema dos anos 70 (De Niro e Dustin Hoffman são os outros dois), ele sempre foi meu favorito. Tantos filmes que adoro: Insônia, Frankie & Johnny, Vítimas de uma Paixão (adoro ao quadrado!!!) e, é claro, todos os três Poderoso Chefão (sim, até o terceiro!). Agora será possível adicionar mais um. Não Olhe para Trás, que estreia este fim de semana nos cinemas.
O filme é tão bem feito e tão simpático! Bem diferente do fraco (e chato) O Último Ato, também com Pacino, que foi exibido nos cinemas há pouco tempo. Aqui em Não Olhe para Trás, ele é Danny Collins, um ícone da música, vivendo de seus antigos sucessos mas claramente insatisfeito. Até que a sua rotina de estrela do rock é sacudida por uma carta. Escrita nos anos 70 por ninguém menos que John Lennon, nunca havia chegado às mãos de Danny. Quando ele a recebe de presente do seu empresário, o astro decide mudar os rumos da carreira, deixar as drogas e buscar seu filho que não conhece
Por incrível que pareça, a inspiração da história veio de um fato real. O cantor Steve Tilston (foto abaixo) realmente descobriu uma carta de John Lennon para ele quarenta anos depois dela ter sido escrita. O projeto do filme sobre esse fato já vem sendo discutido há muito tempo. No início, chegou a ser pensado como um veículo para Steve Carell (sem dúvida seria bem diferente) com Julianne Moore e Jeremy Renner em papéis que ficaram para Annette Benning e Bobby Cannavale.
Mas apesar de Pacino não ser o primeiro astro que me viria a mente caso estivesse lendo o roteiro, ele consegue passar tudo de forma tão brilhante, tão cheia de energia! Da desilusão à esperança, ele é tão envolvente quanto poderia se esperar de Danny Collins. Não o via tão bem há muito tempo no cinema.
O resto do elenco não é diferente. Annette Benning como a gerente do hotel inicialmente muito séria, Bobby Cannavale, doce e sofrido como o filho desconhecido. Ainda tenho que destacar Jennifer Garner como a nora grávida, Melissa Benoist como a recepcionista e, é claro, Christopher Plummer como o amigo e agente. Mas quem me impressionou mesmo foi a pequena Giselle Eisenberg, que faz a neta inteligente e super-ativa de Danny. A menina é simplesmente incrível!
Por seu tom que quase esbarra no sentimentalismo, mas não o faz. Por acertar no balanceamento entre o divertido e o emocionante. E principalmente por nos fazer adorar Danny Collins com todos os seus defeitos e sua breguice, é que este filme adorável já está na minha lista dos melhores do ano.
Eliane Munhoz
alfie
15 de abril de 2015 às 7:52 pm
Mandou bem, Eliane. Só acho que ele não é feio, nem pode ser colocado junto do realmente feio Dustin Hoffman.
Eliane
15 de abril de 2015 às 9:56 pm
Rs, rs, eu também não o acho feio, Alfie. Só mencionei porque na época eles eram bem diferentes do ideal de beleza (e altura) que existia no cinema americano, com Robert Redford, Paul Newman, Jon Voight etc. Mas acho que ele é um charme!!
Graciete silva
15 de abril de 2015 às 10:17 pm
Charme ele tem de pra dar e vender.
Mas realmente foge aos padroēs de beleza até para os doas de hj.
Não o acho feio, mas com certeza foi o talento que se destacou.