Sempre fui fã de Nora Ephron. Pode ser que você não se lembre do nome, mas além de ótima diretora, foi uma brilhante roteirista, que sabia como ninguém escrever bons papéis para mulheres. Ela também é autora de vários livros. Gosto muito de Meu Pescoço é um Horror, onde ela escreve com muito bom humor sobre a realidade das mulheres que estão envelhecendo. Hoje (24),às 22 horas, a HBO vai exibir o interessante documentário Nora Ephron – Tudo é Cópia, escrito e dirigido por seu filho, Jacob Bernstein (o pai é o jornalista Carl Bernstein), falando sobre sua vida e sua obra, com várias entrevistas como gente como Tom Hanks, Meg Ryan, Steven Spielberg, Meryl Streep e Micke Nichols. É uma fascinante jornada de um filho que busca conhecer mais sobre sua mãe.
Nora, que faleceu em 2012, tem entre seus roteiros mais conhecidos, Harry e Sally: Feitos um para o Outro (1989), Silkwood: Retrato de uma Coragem (1983) e A Difícil Arte de Amar (1986), uma versão romanceada de sua história com Bernstein, estes dois últimos estrelados por Meryl Streep. Estreou como diretora em um filme pequeno, o pouco lembrado Esta é minha Vida (1992). Mas foi o seguinte que realmente entrou para a história, um de meus preferidos, Sintonia de Amor, com Tom Hanks e Meg Ryan, onde ela também é roteirista. Nora nunca conseguiu um outro triunfo como esse, mas dirigiu outros bons e divertidos filmes como Michael: Anjo e Sedutor (1996), Mens@gem pra Você (1998), e o último Julie & Julia (2009), também estrelado por Meryl Streep.
Foi indicada ao Oscar de roteiro três vezes: com Silkwood, Harry e Sally e Sintonia de Amor. Ela costumava dizer que gostava de escrever papéis para mulheres “que são tão complicadas e interessantes como as mulheres são normalmente.”Seus roteiros fazem falta!