O gênero suspense psicológico, que já rendeu tantos clássicos no cinema americano, não é muito popular entre os diretores brasileiros. Por isso foi uma bem-vinda surpresa assistir Uma Família Feliz , que chegou nessa quinta nos cinemas. O filme funciona com uma história que tem bom clima – e surpreende no final.
Na história, Eva (Grazi Massafera) acabou de dar a luz ao seu filho e se depara com a angústia de uma depressão pós-parto em meio a uma atmosfera familiar supostamente perfeita. O ar tranquilo de sua família é invadido por acontecimentos estranhos quando suas filhas gêmeas aparecem machucadas. Eva é acusada pela comunidade. Isolada e questionada por seu próprio marido ( Reynaldo Gianecchini) ela precisa superar sua fragilidade para provar sua inocência e reestruturar sua família.
O que achei?
O filme é um grande jogo de aparências, onde nem tudo é o que parece! O próprio espectador fica em dúvida. Quem será o culpado das situações estranhas que acontecem na casa? Será que é Eva, que parece estar enlouquecendo aos poucos? Ou o marido que tem um comportamento dominador sob uma roupagem doce?
O filme leva essas perguntas até o ápice quando os enredo se revela- e de uma forma bem surpreendente. O grande problema a meu ver é o próprio personagem de Eva. Ela faz muita bobagem – e o personagem deixa de ser crível. Memso que esteja sofrendo de depressão pós-parto, é difícil entender boa parte de suas ações. Mas quero deixar claro que a atuação de Grazi como Bia é ótima – como sempre ela é uma ótima atriz.
Eu tive a oportunidade de conversar com Grazi, Reynaldo Gianecchini, o diretor Luiz Eduardo Belmonte e o roterista Raphael Montes. Falamos sobre o filme, quebrar paradigmas, e cancelamento. Veja aqui: