Greta Gerwig é um tipo de musa do cinema independente desde Frances Ha. Mas o que parecia fresco e diferente na sua atuação naquela época, com o tempo provou que há pouco de atuação e muito do jeito próprio da atriz nos papéis que faz. Todos os filmes que vi com a atriz, ela é sempre a mesma coisa, tem o mesmo jeitinho fofo e simpático. Nem uma piscada diferente. E em O Plano de Maggie, que estreou nos cinemas esta semana, não é diferente.
Aqui Greta é a Maggie do título, uma mulher independente, que quer muito ter um filho. Ela inclusive já arranjou um doador para resolver o seu problema, seu colega de faculdade, Guy (Travis Fimmell). Mas as coisas se complicam quando ela se apaixona por John (Ethan Hawke), um homem casado e infeliz com a brilhante Georgette (Julianne Moore). Mas três anos e uma filha depois, Maggie percebe que se “desapaixonou” , então o que fazer?
A diretora Rebecca Miller, filha de Arthur Miller e esposa de Daniel Day Lewis, fez o ótimo A Vida Íntima de Pippa Lee (se não viu, veja). Mas aqui, apesar de algumas soluções interessantes e até divertidas, ela tem um grave problema no roteiro também de sua autoria. Todos os personagens (com o exceção do “homem do picles”, Guy) são muito chatos. Desde Maggie, até John, um homem-criança, e Georgette, a dominadora. Mesmo o casal de amigos feito por Maya Rudolph e Bill Hader é insuportável – pobre do filho do dois.
Mas se você é fã de Greta – há muita gente que a adora – e já viu todos os filmes “levinhos” que estão em cartaz, O Plano de Maggie pode ser uma opção. Daquelas que vai fazer você rir aqui e ali, mas uma vez que saiu do cinema, vai ser difícil lembrar o que aconteceu…