Eu tenho algumas restrições com o gênero de comédia. É difícil me fazer rir, especialmente com tombos, coisas que machucam. Por isso, achei bem curioso o quanto me diverti com Novocaine: À Prova de Dor, rsrs. Afinal, a comédia física, e o quanto o personagem principal se machuca (sem sentir dor), é o motivo da maior parte das risadas. Mas com um humor meio politicamente incorreto (algo que lembra um pouco Deadpool), muita ação, e até um romance interessante, o filme conquista. Vale conhecer!
Nathan Caine (Jack Quaid) é um homem introvertido e gentil que nasceu com CIPA, uma rara condição genética que o torna incapaz de sentir dor física. Crescendo sob proteção constante, ele desenvolveu estratégias para lidar com os desafios diários de sua condição, como usar um cronômetro para lembrar-se de necessidades básicas e tomar cuidado para não se machucar inadvertidamente. Apesar das limitações, Nathan construiu uma vida tranquila como executivo bancário. Mas pela primeira vez, Nathan está apaixonado – e é por uma colega chamada Sherry (Amber Midthunder, de Predador: A Caçada). Só que um belo dia seu local de trabalho é alvo de um assalto e Sherry é feita refém. Determinado a salvá-la, Nathan descobre que sua condição, antes considerada uma vulnerabilidade, pode ser sua maior força. Imune à dor e disposto a enfrentar qualquer perigo, ele embarca em uma missão de resgate inesperada, desafiando limites físicos e emocionais.
O que achei?
A piada já começa com a música dos créditos – Everybody Hurts, de REM. Daí em diante Jack Quaid arrasa como o mais improvável dos heróis. Com sua cara de bom menino, ele se envolve nas situações mais absurdas, e graças a sua situação de não sentir dor, se torna quase uma super-herói. Há cenas que é difícil até de olhar – a pior eu acho que é a do vidro quebrado (sem detalhes, rsrs). Mas logo o jeitinho dele faz com que você comece a a dar risada – a piada com Wolverine, por exemplo, é ótima.
Aliás, o filme tem dois nepo babies que demonstram um grande talento. Além de Jack, que é filho de Meg Ryan e Dennis Quaid (repare no sorriso igual), também tem Ray Nicholson, que faz o grande vilão. Ele é filho de Jack Nicholson, e a expressão de Coringa é demais. Há momentos, claro, que você percebe exatamente o que virá em seguida. Especialmente a dita grande reviravolta. Entretanto há uma boa surpresa, como a entrada de Jacob Batalon, de Homem-Aranha, na história. E no final, tudo acaba sendo tão divertido, que até o que não funciona, fica bom.
