A gente pode até não gostar deles quando o assunto é futebol. Mas é preciso reconhecer o imenso talento dos argentinos para fazer cinema. Já na semana que vem, dia 27, vai estrear mais uma boa produção deles nos nossos cinemas, Sétimo (logo falaremos especificamente sobre o filme). Mas tem muito mais. Veja a análise de Roberto Guerra sobre a programação Mostra Foco Argentina do Cine Ceará :
Recente produção argentina ganha mostra especial no Cine Ceará
O cinema argentino vai de vento em popa. Só no ano passado o país vizinho produziu 160 longas-metragens. Um recorte dessa recente safra cinematográfica poderá ser vista até o dia 22 de novembro dentro da programação do Cine Ceará – Festival Ibero-americano. E o melhor: a entrada é franca.
A seleção conta com 17 longas e 11 curtas, divididos em quatro mostras: Retrospectiva, Cinco noites de terror, Animação e LGBT. Destas, as três primeiras têm sessões no Dragão do Mar, enquanto a LGBT ocorre na Casa Amarela Eusélio Oliveira.
“Fiz um recorte do cinema argentino pós-ditadura militar, uma mostra do que foi feito depois da retomada da democracia, com o nascimento de uma legislação sólida que gerou a recuperação da identidade cinematográfica argentina e uma diversidade de gêneros”, diz o cineasta Miguel Mato, curador da mostra.
Com a chegada da democracia em 1983, o cinema argentino conseguiu um inusitado impulso, com produções que alcançam reconhecimento mundial. A partir de 2002, com a criação do Instituto Nacional de Cine (INCAA), jovens cineastas argentinos tiveram acesso à produção. Desta safra surgiram diretores como Daniel Burman, homenageado desta edição do Cine Ceará.
Muitas das produções dos hermanos tem seu primeiro contato com o público brasileiro. Para conferir a lista completa de filmes da Mostra Foco Argentina, acesse: http://www.cineceara.com/