Ok, pelo que vi rapidamente das críticas internacionais, a maioria achou Resistência o máximo. O filme de ficção-científica que estreia nessa quinta nos cinemas, é realmente visualmente incrível. Entretanto, em minha opinião, o roteiro é tão cheio de “inspirações” de tantos filmes que já vimos, que acaba “sem cara”. E também é cansativo, com suas 2h13 de duração.
Primeiramente, aqui vai a história. Resistência se passa no futuro nem tão distante. O planeta está tomado por uma intensa guerra entre seres humanos e inteligência artificial. O ex-agente Joshua (John David Washington) é recrutado para localizar e matar o Criador. Este é um misterioso arquiteto responsável por desenvolver uma arma capaz de acabar com o confronto e com toda a humanidade. Joshua e sua equipe partem, então, para um território sombrio ocupado pela Inteligência Artificial. Entretanto acabam fazendo uma descoberta chocante. A a arma que devem destruir é, na verdade, uma inteligência artificial em forma de criança.
O que achei?
Hoje em dia a discussão sobre inteligência artificial já está presente em nosso dia a dia. Será que é algo positivo ou destruidor? Para mim, que vi O Exterminador do Futuro há muito tempo (rsrs), a resposta é óbvia. No caso de Resistência, o filme pretende discutir o conceito. Mas na minha opinião tem muito pouco a dizer além da já conhecida discussão de homem x robôs que a gente já vê há muito tempo. O filme tem cenas de passado e futuro, com Joshua revivendo os momentos que o levaram a conhecer sua esposa (feita por Gemma Chan), e o que aconteceu com ela. Já no presente desse futuro distópico, Joshua se envolve com a criança que é na verdade aquilo que todos procuram.
Só que o diretor Gareth Edwards (Rogue One) apresenta um dilema ético de Joshua e de todos os habitantes, sem nunca chegar a uma resposta. Como sempre, o exército é o grande culpado, e o resto é discutível (rs). Mas, também como sempre, acho que John David Washington está um tom acima como Joshua. E sinceramente não consegui embarcar na química entre Joshua e a criança , chamada de Alfie. A menina Madeleine Yuna Voyles que faz Alphie, entretanto, é ótima, e no final tem suas grandes cenas.
Mas nem isso, ou a direção de arte sensacional, me conquistaram. Resistência ainda tem um certo desperdício de atores incríveis como Allison Janney e Ken Watanabe. E o roteiro é cheio de frases de efeito, mas também é repleto de lugares comuns. A “inspiração” em produções como Blade Runner, Elysium, Akira, 65 – Ameaça Pré-Histórica e até ET, são óbvias. Mas, nada como as cópias de Star Wars. Devo dizer que inclusive devem ter reutilizado muita coisa do que já havia sido usado nos filmes da saga – um ou dois robôs , com certeza, rsrs.
Muitos dizem que Resistência seria o início de uma nova franquia. Se isso acontecer, espero sinceramente que os próximos filmes sejam mais originais – e melhores.