Eu me lembro bem a primeira vez que ouvi falar de Cinquenta Tons de Cinza. Estava em Charleston, nos Estados Unidos, a trabalho, e passei junto com uma amiga pela frente de uma livraria totalmente decorada com os livros. Ela me disse que havia lido, que era ótimo e que iria me emprestar. Logo que comecei a ler, não parei mais. Li os três rapidamente, e também os dois livros já lançados com o ponto de vista de Christian, Grey e Mais Escuro. Gosto muito também dos dois filmes – mais do primeiro – e hoje assisti Cinquenta Tons de Liberdade, que estreia amanhã nos cinemas.
Agora, Christian e Ana se casaram. No entanto, a vida de Ana é ameaçada quando seu ex-chefe, Jack Hyde, jura vingança por ser demitido da SIP. Além disso, uma surpresa faz com que a sombra de Elena também retorne para assombrar Christian e complicar a vida do casal.
As pessoas adoram falar mal de Cinquenta Tons. Homens principalmente. Mas eu realmente creio que a história de Christian e Ana é na verdade uma história de Cinderela, acomodada aos novos tempos. Assim como na minha época de adolescente tinham as histórias de Sabrina e Julia (alguém lembra?), e logo depois, Uma Linda Mulher. Por mais que as coisas mudem, certos sonhos românticos nunca morrem, seja qual for sua praia, preferência ou estilo de vida.
Com isso, não é surpresa o sucesso dos dois primeiros filmes, por mais que alguns possam ter suas restrições do ponto de vista cinematográfico. O certo é que o lançamento de Cinquenta Tons de Liberdade chega para fechar uma era, já que hoje o politicamente correto não permitiria algo assim.
Portanto, é claro que você vai ver muitas críticas ao filme (já está acostumado, não é?), mas posso dizer que do ponto de vista cinematográfico, Liberdade é bem melhor que Mais Escuros. Com a direção de James Foley, veterano de cinema e TV, aqui o filme ganha um excelente ritmo. Alterna as cenas de sexo, com as viagens, os perigos e a diversão de maneira redondinha. Faz com que a audiência se sinta parte daquilo. Tudo muito bem iluminado, com uma ótima trilha, e o dois atores, Dakota Johnson e Jamie Dornan, bem mais “soltos” do que nos anteriores. Aliás, algumas cenas de sexo são realmente quentes. Mesmo! Desde 9 Semanas e Meia de Amor não se via um sorvete ser parte tão importante de uma cena. Rs!
Um ponto de destaque é que Dakota Johnson se entrega totalmente ao papel. Normalmente, em cenas de sexo de filmes americanos, a atriz nunca tira nem o sutiã. Aqui não, até durante a briga, a atriz se veste depois como uma pessoa normal. Gostei muito disso. Aliás , super destaque para o figurino de Dakota, simplesmente deslumbrante!
Uma coisa divertida foi perceber que as mulheres ao final da sessão falavam muito do ator que faz Sawyer, o guarda-costas. Bobinhas, não conhecem Brant Daugherty de Pretty Little Liars. Outra atração para fãs de séries é a micro participação de Tyler Hoechlin, de Teen Wolf e o Superman, de Supergirl. Kim Basinger não aparece mais como Elena, e Marcia Gay Harden tem basicamente uma única cena como a mãe de Christian.
O final feliz, claro, como toda a boa história romântica, traz um fechamento muito satisfatório para os fãs dos livros. Valeu!