Faz muito tempo que venho ouvindo falar de um filme da Barbie. Primeiro com Anne Hathaway, depois com Amy Schumer (!). Mas o projeto acabou só dando certo com Margot Robbie e a diretora Greta Gerwig. Ao contrário do que muita gente espera, não é um filme para crianças. É uma comédia , que tem crítica social, e é destinada a adultos, que tem uma história de carinho com a boneca no seu passado. O filme, que vem sendo extremamente esperado, estreia nessa quinta nos cinemas. Eu me diverti muito!
Tudo começa em Barbieland . Lá é o mundo mágico das Barbies, onde todas as versões da boneca vivem em completa harmonia e suas únicas preocupações são encontrar as melhores roupas para passear com as amigas e curtir intermináveis festas. Porém, uma das bonecas (Margot Robbie) começa a perceber que talvez sua vida não seja tão perfeita assim, e começa ase questionar sobre o sentido de sua existência, alarmando suas companheiras. Logo ela resolve sair em busca de respostas no mundo real. Pelo menos, ela está acompanhada de seu fiel e amado Ken (Ryan Gosling), que parece cada vez mais fascinado pela vida no novo mundo. Enquanto isso, Barbie tem dificuldades para se ajustar, e precisa enfrentar vários momentos nada coloridos
O que achei?
Creio que antes de emitir minha opinião, acho válido explicar a razão pela qual acho que o filme não é destinado a crianças. Não é que tenha alguma cena imprópria, mas é que as menores não vão entender boa parte das piadas. Mas é claro que vão amar o visual colorido, a direção de arte sensacional (quero a a casa da Barbie pra mim, rsrs), e o maravilhoso figurino das Barbies. Dito isso, o filme mostra uma crítica social sobre a posição da mulher, mas de uma forma bem light. Também critica a Mattel (fabricante da Barbie e co-produtora do filme), as empresas comandadas exclusivamente por homens, e o machismo da sociedade.
O bom é que tudo é levado com doçura, humor e inteligência. O filme também é cheio de referências. Elas vão desde a óbvia de 2001 – Uma Odisseia no Espaço (o início), até os filmes de Jacques Demy (especialmente Duas Garotas Românticas). Também tem muito de Grease, dos musicais de Busby Berkeley e de Gene Kelly. Sim , há momentos musicais – extremamente divertidos – com Ryan Gosling. Aliás, Ryan me surpreendeu muito positivamente neste filme. Está divertido, sem amarras. Em uma entrevista , o ator disse que teve que ir buscar lá no fundo de si mesmo o garotinho que fez O Clube do Mickey Mouse. “Eu percebi que precisava da ajuda dele para fazer esse filme. Eu tive que fazer as pazes com ele e pedir ajuda. Foi bom para mim.” Sim, com isso ele tem provavelmente a melhor interpretação de sua carreira.
Margot e Greta
Mas, é claro, o filme é de Margot. Ela faz tudo parecer fácil (como sempre, aliás). É a Barbie perfeita, o que rende inclusive uma piada excepcional vinda da narradora, ninguém menos do que Helen Mirren. Margot leva o filme com leveza e charme, o que proporciona uma empatia instantânea com a audiência. E Barbie ainda tem o elenco incrível que inclui Kate McKinnon, America Ferrera, Will Ferrell e Alexandra Shipp. E participações mais que especiais, de John Cena, Dua Lipa (que também tem uma canção na trilha sonora), Nicola Coughlan, Emerald Fennell (a Camilla de The Crown), entre outros.
Não sou fã de Greta Gerwig. Acho que Lady Bird é um embuste, e sua versão de Adoráveis Mulheres é a adaptação mais fraca da história. Mas acho que ela tem um grande triunfo com Barbie. Me conquistou e me divertiu.
Andreia
19 de julho de 2023 às 12:35 pm
Apesar de brincar mais com Susi kkkk estou louca para assitir esse filme c minhas filhas que tiveram muitas barbies kkkkk
Adorei a crítica , ainda mais que tem momentos musicais incluindo Grease ( que amoooo), saber também que será um filme leve e divertido já me anima tudo que precisamos
bjs
Eliane Munhoz
19 de julho de 2023 às 9:55 pm
Nossa geração é de Susi, né? Mas vale!! E o filme é ótimo!!!